Agência Brasil em 24 de Março de 2020
“As autoridades de saúde devem manter o apoio aos serviços essenciais para a tuberculose, incluindo cuidados durante emergências como o covid-19”, destaca a OMS.
A organização lembra que “pessoas doentes com tuberculose e covid-19 poderão ter resultados piores no tratamento, sobretudo se o tratamento da tuberculose for interrompido”.
"A pandemia de Covid-19 está mostrando como as pessoas com doenças pulmonares e imunidade enfraquecida são vulneráveis", afirmou o diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.
Ele lembrou que "o mundo comprometeu-se a acabar com a tuberculose em 2030 e melhorar a prevenção é a chave para conseguir esse objetivo. Há milhões de pessoas que precisam ser tratadas preventivamente para evitar o aparecimento da doença, evitar o sofrimento e salvar vidas".
Os doentes com tuberculose, que têm sintomas comuns com o covid-19, como tosse, febre e dificuldades respiratórias, devem “tomar precauções para se proteger do covid-19 e continuar o tratamento”.
A OMS defende que é preciso “limitar a transmissão de tuberculose e de Covid-19 em ambientes comuns e em instalações de saúde”.
Métodos e prevenção
Embora os métodos de transmissão das duas doenças sejam ligeiramente diferentes, aplicam-se a ambas medidas preventivas como “controle e prevenção de infecções, cuidados com a tosse e segregação de casos suspeitos”.
Para as duas doenças são essenciais “teste de diagnóstico confiáveis” e a garantia de tratamento antituberculose para todos os afetados, incluindo os que estejam de quarentena por suspeita de infecção pelo novo coronavírus.
A OMS lembra a importância de “prevenir toda e qualquer discriminação de pessoas afetadas por qualquer dessas doenças, respeitando a proteção dos direitos humanos”.
Números causam apreensão
Estima-se que cerca de um quarto da população mundial esteja infectada com a bactéria que causa a tuberculose. Embora possam não estar doentes nem contagiar ninguém, estão em risco acrescido de desenvolver a doença.
A tuberculose, segundo a OMS, ainda é a doença infecciosa que mais mata em todo o mundo: em 2018, morreram 1,5 milhão de pessoas, 251 mil com HIV, o que as torna especialmente vulneráveis.
Neste ano, foram registrados 10 milhões de novos casos, 500 mil resistentes aos tratamentos existentes, estimando-se que 3 milhões ficaram por diagnosticar
Em 2019, foram necessários US$ 10 mil milhões para tratar a doença, mas faltaram 3,3 mil milhões para atingir essa meta.
Com informações da Emissora pública de televisão de Portugal.
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.