Leonardo Cabral em 05 de Dezembro de 2019
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Após demolição da cobertura do ponto de ônibus em 2016, nova estrutura não agradou boa parte da população
Segundo o chefe do Executivo corumbaense, a construção do abrigo de ônibus da Praça da República, localizado na rua Antônio Maria, em frente à Casa de Cultura Luiz de Albuquerque (ILA), atende uma reivindicação da própria população, após a demolição da cobertura em fevereiro de 2016, durante obras de requalificação da praça.
“Esse trabalho representa o compromisso da nossa gestão. Vamos trazer uma cobertura digna para os usuários do transporte público municipal que acabaram ficando reféns do sol forte e da chuva, sem nenhuma comodidade e proteção”, falou Marcelo Iunes destacando que o projeto inclui um local totalmente cômodo, dotado de banheiros, lanchonete e assentos confortáveis para os usuários. “Trabalhamos pela qualidade de vida da população”, completou o prefeito agradecendo o empenho dos vereadores que deram total apoio para a realização da obra.
Capela Municipal
Durante o ato, o prefeito também assinou a ordem de serviço para construção da Capela Municipal, que terá sua sede na Praça Urukupiña, na rua Edu Rocha, na lateral do Cemitério Santa Cruz. Conforme Iunes, a obra também atende reivindicação antiga da comunidade.
“Serão duas capelas que irão atender a população. Há anos Corumbá espera por essa obra e agora vamos finalmente disponibilizar um local, para que os familiares possam se despedir dos seus entes queridos. A capela terá à disposição um veículo para o transporte dos corpos, um ônibus para os familiares se deslocarem para os cemitérios quando necessário”, explicou.
O prefeito ainda afirmou que as obras estão sendo executados com recursos próprios. Ao todo, a construção da Capela Municipal terá custo de R$ 530.104,89.
Já a construção do abrigo de ônibus da Praça da República, terá o valor de R$ 796.714,93. “Digo que não é gasto, mas sim investimento para a nossa população. Gasto foi quando demoliram a cobertura desse local”, frisou Marcelo Iunes.
Concordando com o prefeito, a usuária do transporte público, Neide Pontes, falou que a cobertura faz muita falta, mas fez um pedido. “Fico feliz pela construção de uma nova cobertura estruturada no local. Agora também é necessário que a nossa cidade tenha um ponto de ônibus dotado com ar-condicionado, oferecendo conforto para todos nós”, disse.
Buscando um lugar para se "esconder" do sol, Hermínia Soares, que também utiliza o transporte público, afirmou que com a nova cobertura, haverá mais dignidade para o povo. “Com sol é difícil, pois temos que procurar uma sombra, que muitas vezes não tem quando aqui fica lotado. E quando chove? Não tem para onde correr. Com a nova cobertura esperamos que melhore, pois essa pequena estrutura, não protege nada”, mencionou Hermínia ao Diário Corumbaense.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Usuária do transporte coletivo, Hermínia Soares ficou feliz com a notícia
“Nunca vi um descaso tão grande como esse aqui. Quando vi tudo demolido, o único sentimento que tinha era de tristeza. Foi colocada no chão parte da história da nossa cidade, e para nada. Nós, ambulantes, fomos colocados no Grêmio, depois na calçada e depois resolvemos voltar para cá, mesmo com as dificuldades. Mas agora com a nova cobertura e um local estruturado, esperamos mesmo que possa atender as nossas necessidades”, pediu Amália.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Amália Borges disse que o sentimento foi de tristeza ao ver a estrutura do local colocada abaixo em 2016
Ponto de ônibus
A antiga estrutura que funcionava como terminal de ônibus, foi demolida nas obras de requalificação da praça da República em fevereiro de 2016. Espaço, que por décadas foi utilizado por muita gente e fez parte da história de vida de muitos corumbaenses, foi reduzido a escombros.
A demolição seguiu recomendação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A construção da década de 70 – do século passado, segundo a recomendação, prejudicava a visualização de um dos principais exemplares da arquitetura histórica corumbaense, o prédio do ILA.
A ideia era que após a conclusão da requalificação, o terminal ganhasse nova modelagem, o que foi feito, porém, não agradou boa parte da população, causando revolta.
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