Leonardo Cabral em 09 de Setembro de 2019
Foto enviada ao Diário Corumbaense pela família
Pais de Amanda pedem apoio financeiro para o tratamento da filha
Amanda, filha mais velha do casal, que ainda tem um menino, apesar da pouca idade, se mostra valente ao enfrentar a doença. Foi depois de um tombo de bicicleta sofrido em maio, que a doença começou a se manifestar.
“Ela havia caído de bicicleta, mas como toda criança, não disse nada para nós. Porém, dias depois, começou a reclamar de muita dor na nuca, até então, não sabíamos do tombo e achávamos que a dor que a incomodava seria pelo fato de ficar deitada no sofá assistindo TV ou até mesmo por conta do peso da mochila escolar. Duas semanas se passaram e Amanda seguia reclamando da dor, foi quando resolvemos levá-la para atendimento médico aqui em Corumbá. Passavam analgésicos e logo em seguida ela era liberada. Só que as dores continuaram até que ela começou a reclamar de dor no ombro esquerdo. Os dias foram passando e Amanda foi perdendo forças para movimentar o braço esquerdo”, lembrou Emerson Moreira ao Diário Corumbaense.
A partir deste momento, os pais procuraram um ortopedista, pois já sabiam sobre o tombo que a filha havia levado. Os exames mostraram que Amanda estava com um rompimento do nervo superior e que precisava de internação para os procedimentos médicos.
A menina guerreira passou cinco dias na Santa Casa de Corumbá, recebeu alta no dia 1° de maio, pois até aquele momento o caso não era considerado grave, mas mesmo assim, ela apresentava um quadro de saúde muito debilitado. Foi quando o pai dela tomou a decisão, no mesmo dia, de pegar o carro do cunhado e levar a filha para consulta médica em Campo Grande.
“Percebi que minha filha estava bem mais debilitada e procurei ajuda médica e ao mesmo tempo buscava uma consulta com um neurocirurgião. Em duas semanas, Amanda já estava bem fraca e não queria mais comer, fazer as necessidades fisiológicas e, então, começamos a correr contra o tempo, pois ela não respondia mais nem aos movimentos”, relembrou o pai com a voz trêmula.
Para arcar com as despesas, Emerson vendeu sua motocicleta e alguns móveis da casa, juntando com algumas economias, pois sabia que iria precisar de dinheiro para os exames da filha. Até então, o sarcoma de Ewing era desconhecido. “Com esse dinheiro, pagamos os exames particulares da Amanda, com o neurocirurgião, que por sorte atendia em um laboratório por meio de uma tabela social, além dos nossos gastos extras aqui em Campo Grande", explicou.
Depois dos exames, a confirmação do diagnóstico surpreendeu o casal e Amanda já estava em estágio bem delicado, sem forças para se locomover. “Foi desesperador, mas mantivemos a calma, pois ela tinha que ter confiança na gente e nós, mais do que nunca, precisávamos nos manter fortes. O neurocirurgião foi bem sincero e nos informou que ela estava com um tumor na medula cervical e que poderia ser muito agressivo. Já havia afetado a respiração, o corpo já estava congelado, ou seja, estava paralisado totalmente, prejudicando todos os movimentos dela”, contou o pai.
A partir daí, Emerson e a esposa começaram a correr atrás de uma vaga para internar a filha, porém, todas as tentativas foram negadas. A família acabou voltando para Corumbá. “É um processo burocrático para internação e resolvemos voltar no dia 18 de junho, quando falamos com o médico. No dia seguinte, eu acionei o SAMU e a Amanda foi levada para a hospital, onde rapidamente uma vaga foi aberta em Campo Grande e desde então, estamos aqui travando essa luta contra a doença que nos pegou de surpresa, mas que temos fé de que tudo o que estamos passando, lá na frente o final será bem feliz”, falou esperançoso o pai da Amanda que ainda fez questão de dizer que a força que eles estão tendo para enfrentar a doença vem da própria menina, que se mostra tranquila. “Minha filha está nos surpreendendo, ela já começou a quimioterapia, se alimenta através da traqueostomia e ainda está com uma sonda, para as suas necessidades fisiológicas”, mencionou Emerson, que se reveza com a esposa para cuidar da menina.
Corrente do bem
Por estar correspondendo bem ao tratamento e devido à quimioterapia, Amanda que está internada no Hospital Regional, deverá receber alta médica nos próximos dias, mas será necessário montar uma estrutura na casa para poder recebê-la. O imóvel, na Capital, é de um parente da família.
Por conta disso, há uma mobilização pelas redes sociais para pedir ajuda financeira e custear o tratamento da menina. “Em meio a tanta correria, já até mesmo fizemos uma promoção de pizza para arrecadar um dinheiro destinado aos gastos que estamos tendo. Agora, com a alta prevista no decorrer de setembro, ela vai precisar de um quarto estruturado", relatou o pai, que teve de deixar o emprego para se dedicar ao tratamento da filha.
“Estamos levando como podemos e por isso pedimos o apoio da população que puder nos ajudar, pois nesse quarto, a Amanda terá que contar com um colchão d'água, aparelhos respiratórias, inaladores, cadeira de roda, cama hospitalar, aspirador de secreção, fraudas e uma dieta industrializada”, revelou.
A doença
A doença não é muito conhecida, uma vez que é um câncer raro e registra menos de mil casos por ano no Brasil. O sarcoma de Ewing é um tumor maligno que afeta principalmente crianças, adolescentes e jovens adultos, com pico de incidência em torno dos 15 anos, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer).
O mais comum é que o sarcoma ocorra nos ossos e, em ordem de frequência, se dá nas extremidades inferiores, no quadril, nas coxas, no tórax, na extremidade superior, na coluna, na mão e no crânio. O tumor também pode aparecer nas partes moles em volta dos ossos e é recorrente no tronco, extremidades, cabeça, pescoço e retroperitônio. Ainda podem existir sarcomas que misturam as características ósseas e extra ósseas, mas são extremamente raros.
Apesar dos sarcomas de Ewing serem divididos em três tipos, todos se caracterizam pelas mesmas anomalias genéticas, em que trechos de dois cromossomos, o 11 e o 22, se fundem e dão origem a uma proteína que faz com que as células se reproduzam descontroladamente, dando origem ao tumor.
Os avanços no tratamento levaram a uma melhora significativa dos resultados. Pacientes com doença localizada têm sobrevida em torno de 70-80%. Em pacientes com doença metastática (quando o câncer se espalhou), a sobrevida é em torno de 30%. O sarcoma de Ewing é o segundo tumor ósseo mais frequente na infância e adolescência.
E para reforçar a corrente do bem em prol da Amanda, depósitos de qualquer quantia, podem ser feitos nas contas bancárias dos pais dela.
A conta bancária é da Caixa Econômica Federal
Agência bancaria - 1108
Conta Corrente - 031643-0
Operação - 001
A conta está em nome da mãe de Amanda: Vitória Regina de Souza Campos (CPF: 057 575 541-50).
Contato pelo WhatsApp: (67) 99691-6375 (Emerson).
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