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Bioceânica segue bloqueada e setores de transporte e viagem já sentem prejuízos

Leonardo Cabral em 15 de Maio de 2019

A estrada Biocêanica e a linha férrea, que ligam a Bolívia à fronteira de Corumbá, segue bloqueada na altura do município de San José de Chiquitos, distante cerca de 375 quilômetros da cidade fronteiriça de Puerto Quijarro. A manifestação que teve início ontem (14) cobra repasse de recursos para San José.

O prefeito Germaín Caballero, informou que o município acumula uma dívida 40 milhões de pesos bolivianos pela falta do recurso. No início das manifestações, logo nas primeiras horas de ontem, ele tinha afirmado que aguardava um posicionamento de autoridades do Governo de Santa Cruz (Estado) sobre o protesto.

O bloqueio causa prejuízos

O bloqueio causa prejuízos milionários ao setor de transportes e também para as empresas de viagens, já que muitos ônibus saem das cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suárez, com destino a Santa Cruz e vice-versa.

Conforme apurou o Diário Corumbaense, os viajantes que saem no ônibus estão fazendo o chamado “transbordo”, ou seja, eles saem nos ônibus até o local do bloqueio, descem, passam pelos manifestantes e sobem nos ônibus que os aguardam do outro lado da  interdição. Porém, o setor de transporte pesado, estão parados e aguardam uma solução para o problema, sendo que apenas por meia hora, foi dada ordem de liberação da pista por parte dos manifestantes na tarde de ontem (14).

O executivo do setor de transporte pesado, Juan Yujra, disse que qualifica o bloqueio como prejudicial ao setor, já que conforme ele, ao menos circulam pela Bioceânica cerca de 1.000 e 1.200 caminhões por dia e cada veículo perde em média 600 dólares diariamente ficando parado no ponto de bloqueio. “Da Bolívia, desde Santa Cruz, levamos soja e recentemente cimento. Do Brasil há a importação de eletrodomésticos e ferro”, mencionou se referindo à perdas totais do setor entre 500 a 600 mil dólares.

Resposta aos manifestantes

Sobre a cobrança do repasse, o assessor de gestão do Governo daquele país, Victor Hugo Áñez, disse que não há nenhuma dívida relacionada ao repasse de verbas para São José até 2015. E que, no entanto, o município é que tem pendente um compromisso com o Governo Departamental. Com informações do jornal El Deber

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