Portal de Notícias do Governo de MS em 20 de Janeiro de 2019
A combinação parece perfeita, mas pode ser trágica se não houver cautela e atenção. O consumo de bebida alcoólica nos momentos de lazer em piscinas, rios e mares traz um grande risco aos banhistas. Sob o efeito de álcool, perde-se a capacidade respiratória, capacidade motora, equilíbrio e força muscular, o que pode acabar em afogamento. As tragédias acontecem até mesmo com quem sabe nadar. O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul alerta para esses acidentes, em especial nessa época do ano, período de férias e calor.
“A ingestão de bebida alcoólica tem sido um fator complicador. Rios, mares e piscinas já são perigosos se não houver atenção, se o indivíduo beber, isso pode ser ainda pior. Até mesmo para quem sabe nadar, o álcool é fatal”, explicou o tenente do Corpo de Bombeiros Diego Baumgardt, mergulhador e especialista em salvamento aquático.
Divulgação
O tempo para o socorro à vítima de afogamento é importante, por isso o Corpo de Bombeiros realiza treinamentos constante
Segundo relatos do tenente, no começo do ano, um homem de 60 anos, morador de Rio Negro, morreu afogado na Cachoeira do Rio do Peixe depois de entrar no rio alcoolizado. “Ele era conhecido na região como guia por conhecer tanto o local. Além disso, ele sabia nadar”, explicou. A vítima estava com familiares na cachoeira no dia da tragédia e ele mesmo já havia alertado sobre lugares onde parentes não deviam ficar.
“Familiares relataram que ele estava visivelmente alcoolizado. Ele começou a se debater na água, em um lugar mais afastado das outras pessoas, e como ele sabia nadar e conhecia muito bem o local, acharam que ele estava brincando. Só perceberam que não era brincadeira quando ficou apenas o boné boiando na água e ele sumiu no rio”, conta o tenente. A água turva quase impossibilita a visão e, nesses casos, a dificuldade de encontrar o indivíduo sem equipamentos de mergulho é de dificuldade extrema.
Além da bebida alcoólica, a falta de sinalização em rios e lagos pode ser fator determinante para a ocorrência de acidentes. “Muitos balneários e rios não estão certificados pelo Corpo de Bombeiros e por isso não possuem placas de advertência como: ‘Não pule’, ‘Cuidado com pedras’ e outras sinalizações importantes para os banhistas”, ressaltou Baumgardt.
Tempo precioso
Quanto antes a vítima for retirada da água, as chances de sobrevivência aumentam, mas o tenente lembra que o tempo máximo entre vida e morte depende de cada organismo. Outro fator que pode contribuir para o final feliz de um afogamento é a temperatura da água. “Recentemente um jovem sobreviveu depois de ficar 30 minutos debaixo d’água. A temperatura da água ajudou porque preservou melhor os órgãos vitais”, explicou o tenente.
Quando a vítima é retirada da água ou consegue até mesmo sair sozinha, o importante é observar se há tosse, já que é o primeiro sinal de afogamento. “O primeiro sinal de atenção é a tosse da vítima, e o agravamento do quadro acontece de forma muita rápida. Depois vem a secreção em forma de espuma. Se não houver socorro rápido, o quadro pode evoluir para uma parada respiratória e depois uma parada cardiorrespiratória”.
Em rios, balneários e piscinas:
Em caso de afogamento:
Se você for a vítima
Se você for socorrer alguém
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