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Médico é esfaqueado em posto de saúde e morre a caminho de hospital

Campo Grande News em 18 de Novembro de 2024

Reprodução

Edvandro Gil Braz tinha 54 anos e há 16 era médico concursado em Douradina

O médico Edvandro Gil Braz, de 54 anos, morreu após ser esfaqueado dentro do consultório na manhã desta segunda-feira (18) no posto de saúde de Douradina, a 192 km de Campo Grande.

Inicialmente, Edvandro foi socorrido pela ambulância da cidade, entregue à equipe de resgate da concessionária CCR MSVia, na BR-163, e encaminhado para o Hospital do Coração, em Dourados, a 30 km do local do crime. De acordo com as informações, Edvandro sofreu paradas cardiorrespiratórias durante o percurso e, quando chegou ao hospital, já estava morto. O óbito foi confirmado às 10h. 

Gabriel Nogueira da Silva Mattos, 27, assassino confesso do médico, fez ficha para ser atendido no posto de saúde, furou a fila e esfaqueou o profissional no momento em que atendia uma paciente. Moradora, que aguardava atendimento, chegou a bater nele com o guarda-chuva, na tentativa, em vão, de conter o ataque.

Gabriel está preso e alega ter praticado o crime para “se vingar” de suposta negligência no atendimento do médico à ex-companheira dele, há cerca de dois anos.

Após os primeiros pacientes serem atendidos, ele invadiu o consultório e golpeou Edvandro com pelo menos oito facadas. O médico tinha cortes nos braços, indicando que tentou se defender, e uma perfuração profunda no peito.

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Gabriel Mattos, assassino confesso

O criminoso deixou o posto correndo, furtou uma bicicleta na rua e continuou a fuga em direção a uma mata, no final da rua. Informados do crime, policiais civis e militares saíram no encalço do criminoso e o cercaram numa lavoura de soja. Gabriel se entregou e confessou o crime. 

Suposta gravidez

Com longo histórico de uso de drogas, Gabriel teria dito à irmã, nesse domingo (17), que mataria o médico. Ele alega que a tempos atrás, a sua então companheira teria sido atendida por Edvandro Braz com dores nas costas. 

O médico teria receitado medicação para problemas renais. Dias depois, a mulher teria sofrido um aborto espontâneo. Segundo a versão de Gabriel, no atendimento, a mulher não relatou estar grávida, pois nem ela sabia da suposta gravidez.

Conforme o delegado Dermeval Inácio Neto, responsável pelas investigações, Edvandro Braz era médico concursado do município há 16 anos. O policial informou que os prontuários dos pacientes estão sendo analisados, mas até agora a história contada por Gabriel não foi confirmada.

Dermeval disse que a irmã do criminoso alega não ter acreditado que ele mataria o médico, pois fez a ameaça no momento em que estava sob efeito de droga.

Segundo o delegado, o crime foi premeditado. Gabriel foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. A prefeitura decretou luto oficial de três dias no município.