População volta a lotar a General Rondon para celebrar os 246 anos de Corumbá

Nem o forte calor neste sábado, 21 de setembro, dispersou o público que compareceu em massa, na Avenida General Rondon, para prestigiar o desfile cívico-militar em homenagem aos 246 anos de Corumbá. O início foi pontualmente às 17h, com a passagem das Forças Armadas e Forças Auxiliares.

A cidade não teve celebrações em 2023, quando atividades e desfile foram canceladas pelo Município após o vendaval, no mês de setembro daquele ano, que deixou rastro de destruição e a morte de um aluno de sete anos, da Rede Municipal de Ensino.

Porém, para os 246 anos, o público chegou cedo e foi tomando os melhores lugares, para acompanhar a passagem das 45 instituições, entre militares, civis, escolas municipais, estaduais e privadas, que prestaram homenagens para Corumbá. No palanque oficial, o prefeito Marcelo Iunes, acompanhado de sua equipe de governo, recepcionou autoridades civis, militares e convidados.

Quem abriu a apresentação foi a Marinha do Brasil. O Estado-Maior Conjunto, constituído por militares da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Guarda Municipal, foram os primeiros a passar pela avenida e em seguida, os pelotões das Forças Armadas.

O comandante de Destacamento do Desfile, capitão de corveta Intendente de Marinha, Felipe Bezerra Sousa foi o primeiro a pedir passagem com o pelotão. Em seguida, foi a vez da Guarda Armada da Bandeira.

O 2° pelotão, composto por oficiais e praças do Corpo Feminino, comandado pela primeiro-tenente RM2 do quadro técnico, Danúbia de Laura Justiniano Paz Correia da Silva, passou aplaudido pelo público. Logo atrás, veio a Banda de Música da Marinha do Brasil, sob regência do primeiro-sargento fuzileiro naval, músico Fábio Martinez Ribeiro.

Também desfilaram crianças e atletas do Força do Esporte, projeto mantido pela Marinha, além da frota de veículos e embarcações da corporação.

Dando sequência ao desfile, o Exército Brasileiro veio em seguida, com a Banda de Música do 17° Batalhão de Fronteira. Foi ela quem ditou o ritmo do desfile dos militares. Atrás, veio o Grupamento de Bandeiras Históricas, que já foram as Bandeiras da Pátria Brasileira.

Também passaram pela avenida General Rondon, militares da 2ª Companhia de fuzileiros do 17° Batalhão de Fronteira, a 18ª Companhia de Comunicações entre outros pelotões do Exército. Em seguida, veio a representação do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Corumbá, da Força Aérea Brasileira.

Um dos pontos mais destacados foi quando o pelotão da equipe do Prevfogo, entrou na principal área da General Rondon. O público aplaudiu a equipe, bem como as viaturas da instituição, que vem lutando nos últimos meses, para controlar os focos de incêndios florestais que já provocaram grandes prejuízos à fauna e flora pantaneira.

Também marcaram presença as viaturas das Polícias Civil, Militar, da Polícia Científica da Perícia, da Polícia Penal, Corpo de Bombeiros. Antes da entrada das escolas municipais e estaduais, Os Fusqueiros e o Instituto Novo Olhar, pediram passagem.

Dando sequência, os Centros Educacionais Infantis (CEMEI’S), deram a abertura para as instituições educacionais e instituições da cidade. Uma por uma iam passando e deixando o recado de Parabéns para Corumbá, com desejo de muita esperança e crescimento ao município pantaneiro. Instituição de Aquidauana e também filantrópicas  homenagearam a cidade nos 246 anos de história.

Uma das partes mais animadas das escolas ficou por conta das bandas de percussão e das tradicionais fanfarras. Os integrantes deram show à parte ao se apresentarem na Avenida, com coreografias ousadas e bastante sincronizadas e movimentos que arrancaram muitos aplausos do público.

“Matando” a saudade na Avenida

Boa parte das pessoas chegou cedo à Avenida para garantir um bom lugar e prestigiar a passagem das instituições civis e militares. Algumas com cadeiras, outras com bancos, sombrinhas e com muita água, foram tomando conta dos espaços. Todos queriam “matar” a saudade desse momento. Também teve lugar reservado para pessoas idosas, gestantes e com deficiência, que foram acomodados ao lado do palanque principal.

Mônica aparecida Bezerra, de 63 anos, veio para a Avenida quase uma hora antes do início do desfile. Com a neta e a filha, a idosa não quis perder nenhum detalhe.

“Estava aguardando ansiosamente por esse momento, ano passado não tivemos, entendemos a situação que foi bem complicada. Uma coisa grandiosa, maravilhosa, especial na nossa cidade é o desfile de aniversário, só quem é corumbaense sabe como é presenciar esse momento, por isso, como de costume, vim com a família, para curtir. Nem o sol atrapalhou, somos corumbaenses e estamos preparados, para o que der e vier”, disse Mônica.

Chegando cedo também, a recepcionista, Josilene Mercado Santos, veio com filhos e o marido. “Estava com muita saudade, é um momento esperado por todos nós, é tradição nossa isso tudo. Já tínhamos ficado sem desfile no ano passado e também em anos anteriores devido a pandemia, por isso, cheguei cedo para garantir uma boa vista do desfile. Isso aqui tudo é uma forma de a gente homenagear a nossa cidade linda”, falou.

Com um sorriso no rosto, Oswaldo Ferreira Escher, de 72 anos, destacou o povo corumbaense como muito acolhedor. “É um privilégio celebrar os 246 anos da nossa cidade pantaneira, de um povo maravilhoso, hospitaleiro, alegre, simples. Corumbá é uma cidade gostosa de viver. Importante estarmos aqui prestigiando quem desfila e também participar dessa homenagem para Corumbá. Somos um povo forte e muito guerreiro. Tenho orgulho de ser corumbaense e de pertencer a essa terra tão linda”, afirmou Oswaldo que estava acomodado na área de idosos disponibilizados pela Prefeitura.

Depois do desfile o Trio Parada Dura foi a atração nacional do aniversário de Corumbá. O show foi viabilizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (SETESC), na Praça Generoso Ponce. Além deles, artistas pratas da casa também alegraram o público que lotou a praça.

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