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Chuva chega ao MS e atinge municípios das regiões sul e sudoeste; Corumbá também registra precipitação

Rosana Nunes com Campo Grande News em 14 de Setembro de 2024

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Chuva fraca na manhã deste sábado em Corumbá

Chove fraco na manhã deste sábado, 14 de setembro em Corumbá. Isso traz um pouco de alívio para a população que enfrentou durante toda a semana a densa fumaça, fuligem e altas temperaturas. 

Com o avanço de uma frente fria no Estado, a previsão do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) indica aumento de nebulosidade e possibilidade de chuva nas regiões extremo sul e sul do Estado para hoje. Nas regiões com possibilidade de chuva, além do aumento de nebulosidade, deve ocorrer também uma queda nas temperaturas, em que as máximas previstas ficam na faixa de 24°C e 25°C. Nas demais regiões, as temperaturas ainda seguem elevadas, com uma leve redução quando comparadas aos dias anteriores.

De acordo com o meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Olivio Bahia, a chuva, que começou a cair em alguns pontos do Estado na madrugada, deve persistir até segunda-feira (16) ou terça-feira (17). "Hoje e amanhã teremos essa instabilidade, com precipitação em algumas áreas do Estado", explica o especialista.

Os registros de chuvas variaram em diferentes municípios do Estado. Em Bonito, a precipitação acumulada foi de 17,6 mm entre 3h e 9h da manhã, enquanto Sete Quedas registrou 14 mm.

Outros municípios, como Aral Moreira (3,4 mm), Iguatemi (1,6 mm), e Mundo Novo (11,6 mm) também tiveram chuvas, segundo dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Já Ponta Porã registrou 3,8 mm. 

Limpeza da atmosfera

Olivio alerta que a chuva intermitente não será suficiente para resolver o problema da fumaça de forma imediata. "A fumaça que vemos aqui não é só das queimadas de Mato Grosso do Sul. Ela vem também da Amazônia, da Bolívia e do Paraguai", esclarece o meteorologista. Além disso, ele destaca que o acúmulo de poluentes na atmosfera — incluindo a emissão de veículos e fábricas — contribui para o fenômeno.

De acordo com o meteorologista, a "chuva preta", que está sendo observada em algumas regiões, é uma espécie de "lavagem da atmosfera", o que traz à tona a poluição acumulada, proveniente não apenas das queimadas, mas também da emissão de poluentes urbanos, como fumaça de veículos, fábricas e terrenos baldios queimados. 

Olivio compara a situação a lavar uma varanda muito suja, em que a primeira água retirada é mais escura. Ele também alerta para os componentes tóxicos dessa chuva. "É uma água que não contém apenas terra e sujeira, mas também dióxido de carbono e enxofre, que são prejudiciais", acrescenta. 

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