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Marinha intensifica fiscalização na fronteira oeste com mobilização de mais de 500 militares

Rosana Nunes em 10 de Setembro de 2024

Divulgação/Comando Operação Ágata

Marinha emprega 530 militares e 23 embarcações nas ações na faixa de fronteira entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

A Operação Ágata Oeste 2024, realizada pelo Ministério da Defesa e executada pelo Comando Conjunto Oeste (CCjO), envolve as Forças Armadas em uma ação de segurança pública e fiscalização, em parceria com Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização (OSPF).

A Marinha do Brasil, como Força Naval Componente da operação, emprega 530 militares e 23 embarcações nas ações na faixa de fronteira entre Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). Dos 530 militares do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN), 116 são Fuzileiros Navais do 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas (3ºBtlOpRib). Dentre os meios navais, são 2 Lanchas de Operações Ribeirinhas e 9 navios do Comando da Flotilha de Mato Grosso (2 Navios-Transporte, 4 Navios-Patrulha, 1 Monitor, 1 Navio de Apoio Logístico e 1 Navio de Assistência Médica-Hospitalar); 6 embarcações da Capitania Fluvial do Pantanal, sendo 1 de grande porte, e 6 da Capitania Fluvial de Mato Grosso. Em apoio às ações, estão empregados, também, 6 caminhões e cães de guerra do 3ºBtlOpRib, 2 aeronaves UH-12 (Esquilo) do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste e 1 ambulância do Hospital Naval de Ladário. 

Nas áreas de atuação, estão sendo executadas operações preventivas e repressivas, como patrulhamentos fluviais e terrestres, inspeções navais e estabelecimento de postos de bloqueio e controle de estradas e de vias fluviais, além do emprego de cães em apoio aos órgãos de segurança pública.

Desde o início da Operação Ágata, em 1º de setembro, foram aproximadamente 770 ações, entre elas, inspeções em embarcações e veículos, patrulha naval, patrulhamento motorizado, Posto de Bloqueio e Controle de Estrada (PBCE), Posto de Bloqueio e Controle Fluvial (PBCFlu) e apoio aos demais órgãos com os cães de guerra.

Em MT, as ações estão sendo realizadas na Calha do Rio Guaporé, entre as cidades de Vila Bela de Santíssima Trindade e a fronteira com o Estado de Rondônia. Em Corumbá (MS), as tropas e os meios estão atuando na Alfândega da Receita Federal – Posto Esdras, na fronteira com a Bolívia; no Posto de Fiscalização Lampião Aceso, na BR-262, e no Rio Paraguai.

Para o Comandante do 6º Distrito Naval, contra-almirante Alexandre Amendoeira Nunes, “além da missão primária de intensificar a presença do Estado na região de fronteira, em particular nas águas interiores de MT e MS, a Operação contribui para a redução dos crimes transfronteiriços e ambientais. Outro fator importante é a interação entre as Forças Armadas e os Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização, que trabalham de forma conjunta e integrada para a manutenção da segurança da população”, ressaltou.

Divulgação/Comando Operação Ágata

Emprego de cão de guerra em vistoria de bagagens em Corumbá

Apoio dos cães de guerra

Além dos meios navais, aeronavais e de Fuzileiros Navais, a Operação “Fronteira Ágata Oeste” demandou o apoio da Seção de Cães de Guerra do Com6ºDN. O Canil Lobão foi criado em 2019 e conta com seis cães, sendo cinco adultos e um filhote de sete meses, em formação, das raças pastor holandês, pastor belga malinois e border collie.

Na Operação, a Força Naval Componente dividiu os cães já adestrados em duas seções, para atuarem em ações de faro de entorpecentes. “Somos o único canil militar em um raio de 400 km e, atualmente, o emprego dos nossos cães, treinados para detecção de narcóticos, consiste em apoiar as Forças Armadas e Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização na repressão e prevenção ao tráfico transfronteiriço, além das inspeções realizadas no âmbito interno da Marinha”, explica o encarregado do Canil Lobão, segundo-tenente Vinícius da Costa e Silva.

Apreensões

O Comando Conjunto da Operação Ágata Oeste divulgou, no dia 07 de setembro, o primeiro balanço das ações realizadas entre os dias 1º e 06 de setembro. Equipes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, além de órgãos de segurança pública federal e estadual, foram empregadas, nos seis primeiros dias da Operação, em 196 missões que resultaram em cerca de R$ 10 milhões de prejuízo ao crime organizado. No período, foram apreendidas 4,1 toneladas de mercadorias irregulares, além de entorpecentes. Até a sexta-feira (06), foram 1,2 tonelada de maconha, 262,2 quilos de pasta base de cocaína, 71,6 quilos de cocaína, 79,4 quilos de skunk e 1,8 quilo de haxixe.

Operação Conjunta Ágata Fronteira Oeste

A Operação Ágata Oeste integra o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do Governo Federal, e é caracterizada por ações integradas entre a Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira e diversos órgãos de segurança pública e de fronteira, incluindo agências federais e estaduais.

Essa colaboração visa garantir uma resposta coordenada e eficiente às ameaças na região. Nesta edição, são utilizadas 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além do satélite do Projeto Lessonia e da Aeronave Remotamente Pilotada Hermes RQ-900, que permitirá uma vigilância mais eficaz e abrangente da área de operação. 

Divulgação/Comando Operação Ágata

Força Naval fiscalizando rios do Pantanal de MT e MS

Com informações da assessoria de comunicação da Operação Ágata. 

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