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Polícia Civil investiga incêndio florestal que atingiu fazendas na região de Forte Coimbra

Leonardo Cabral em 02 de Julho de 2024

Diário Corumbaense

Fogo atingiu ao menos quatro fazendas na região de Forte Coimbra

A Polícia Civil de Corumbá investiga, desde o final de semana, um incêndio de grandes proporções que atingiu ao menos quatro fazendas na região. Peritos criminais estiveram no local, que fica na entrada da estrada que dá acesso ao Forte Coimbra.

Conforme o delegado da Polícia Civil, Fillipe Araújo Izidio, na última sexta-feira (28), um dos proprietários das fazendas atingidas registrou boletim de ocorrência informando a procedência do incêndio florestal.

“Ele relatou que o incêndio começou em uma das propriedades e que eles conseguiram controlar o fogo, mas que receberam informações de uma conversa de peões que o fogo teria começado em uma das fazendas, porque um peão foi fazer retirada de mel e utilizou fogo, perdendo o controle e as chamas se espalharam. Mas, estamos investigando para saber se esse fato realmente ocorreu”, explicou o delegado Fillipe Araújo.

O delegado salienta que os proprietários e trabalhadores das outras três fazendas, em um trabalho de extrema dificuldade que durou dias, conseguiram controlar o incêndio, fazendo aceiros e utilizando tratores e caminhões-pipa.

Diário Corumbaense

Policiais foram até uma das fazendas para investigar a origem do fogo

A autoridade policial frisa que o combate ao fogo ainda não acabou. “Nós estivemos nas fazendas, e foi possível visualizar alguns pequenos focos de fogo que, se não forem constantemente monitorados e controlados, poderão reiniciar o incêndio novamente”, destacou.

"Além disso, requisitamos perícia, e no sábado, os peritos criminais estiveram no local, fizeram sobrevoo de drone e, em parceria com a Polícia Militar Ambiental, tiveram acesso ao georreferenciamento e imagens de satélite da área, que ajudarão a identificar a causa do incêndio e o local onde ele começou.

Proprietários serão ouvidos

Durante esta semana, serão ouvidos os proprietários e funcionários das fazendas atingidas para identificar o autor ou autores do crime ambiental.

Diário Corumbaense

Área queimada em uma das fazendas atingidas pelas chamas

A Polícia Civil alerta que provocar incêndio em matas e florestas, além de ser uma infração administrativa sujeita a multa e suspensão das atividades, também é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais, com pena que pode ultrapassar cinco anos de reclusão, mais pagamento de multa.

“Esse crime pode ser praticado tanto na modalidade dolosa, quando há intenção de provocar o incêndio, quanto na modalidade culposa, que ocorre quando a pessoa não tem intenção de iniciar o fogo, mas por descuido, acaba provocando as chamas”, disse o o delegado.

No Pantanal, em 2024, cerca de 700 mil hectares já foram devastados pelos incêndios florestais, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ).

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