Campo Grande News em 26 de Junho de 2024
Fernanda Palheta/Campo Grande News
Ex-governador (centro) expondo situação ao membros do partido
“Para uma disputa majoritária em nossa capital são necessários apoios estruturais e políticos,” afirmou Puccinelli. Ele detalhou que, há cerca de um mês, o União Brasil interferiu diretamente, bloqueando a aliança planejada com o Solidariedade. A expectativa era de que essa parceria fornecesse a base política necessária para a candidatura.
O ex-governador revelou ter buscado apoio em Brasília, onde se reuniu com figuras importantes como Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, Valdemar da Costa Neto, presidente do PL e Paulinho da Força do Solidariedade. “O MDB nacional fez todo o esforço possível para dar condições de disputar a Prefeitura de Campo Grande,” enfatizou.
No entanto, o apoio do PL não se materializou. Valdemar da Costa Neto foi categórico ao afirmar que o partido já havia se comprometido com a senadora Tereza Cristina, alinhando-se assim à reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP). “Valdemar, presidente do PL, foi taxativo em dizer que Bolsonaro já tinha assumido a palavra com a senadora Tereza e que apoiaria a quem ela indicasse,” relatou Puccinelli.
Frustrado com as dificuldades e a falta de suporte necessário, Puccinelli decidiu abrir mão da candidatura à prefeitura. “Apesar de insuficiente o apoio estrutural, o mais importante em disputa majoritária em uma capital é o apoio político,” destacou.
Ele anunciou que não apenas desistiu da corrida pela prefeitura, mas também não se candidataria a vereador ou a uma possível figuração como vice a alguma chapa majoritária. “Não serei candidato a prefeito e, em consideração a eles, sequer serei candidato a vereador,” declarou. “Apoiarei o que a maioria definir em consulta escrita que nesta ocasião estará sendo elaborada”, disse o emedebista.
Apesar de sua decisão de não concorrer este ano, Puccinelli deixou claro que suas ambições políticas permanecem. Ele afirmou que, apesar do clamor popular por sua candidatura, não disputará o governo em 2026 devido a um acordo feito em 2022, no qual ficou acertado o apoio ao governador Eduardo Riedel (PSDB). No entanto, ele expressou a intenção de disputar um cargo eletivo em 2026, preferencialmente ao Senado, caso esteja bem posicionado nas pesquisas.
“Falam-me que o legado não pode ser abandonado. Não sei se muito ou pouco legado deixei à minha querida capital morena, mas afirmo que não abandono a luta política e que pretendo, além de me empenhar neste ano, estar em 2026 disputando cargo eletivo,” concluiu Puccinelli.
A reportagem espera o posicionamento do União Brasil.
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