Busca por agasalhos e cobertores "aquece" comércio de roupas em Corumbá

Se já é difícil levantar da cama no frio, imagine em uma quarta-feira (14) pós-feriado com temperatura batendo na casa dos 8°C. Para o corumbaense, acostumado com o forte calor da região, o jeito foi tirar o casaco do fundo do armário e se proteger com o que era necessário para evitar a “tremedeira” durante o expediente.

Estar na moda, é tudo o que não importa para a maioria que precisou ir para a área central de Corumbá logo no início desta manhã gelada. Nas calçadas das principais ruas do Centro, geralmente lotadas, não havia muito movimento. As peças, retiradas dos baús de anos anteriores, desde as mais pomposas como echarpes e botas, até as mais simples como os tradicionais ponchos e toucas, cumpriam o propósito principal, de manter o corpo aquecido evitando gripes, resfriados e doenças respiratórias, causadas pela baixa temperatura.  

 “Muito frio, gelado demais e ainda sem luz”, disse a bailarina Maria Eduarda Faria Regenold de 20 anos, relatando como foi acordar nesta manhã. A jovem explicou que mora na parte alta de Corumbá, local que segundo ela, não tinha energia elétrica durante as primeiras horas do dia. Ao Diário Corumbaense, Maria destacou que precisou ir às compras para garantir os agasalhos nos próximos dias e que nesse tempo, o que importa é estar aquecida.

Quem também foi às compras foi o músico Ricardo Ângelo Augusto, 47 anos. “Muito frio, estou aqui no centro atrás de cobertores para as crianças porque está muito frio este ano. Vou ter que comprar pra agasalhar a família”, contou Ricardo lembrando que mesmo com o frio intenso, o banho, preterido por muitos, para ele, não pode faltar. “Nesse frio, o jeito é esquentar água no gás, mas o banho não pode faltar”, afirmou.

Enquanto uns reclamam, outros veem oportunidade de vendas. É o caso de Rafael Victorio, líder de produto financeiro de uma loja de departamentos. “A expectativa é bem grande, aumentou bastante a procura pelos casacos e moletons e temos feito promoções, o que deve atrair o público, inclusive os bolivianos que vem em peso adquirir esses itens”, disse o funcionário animado a este Diário.

A auxiliar de caixa Karinny Janaina Sampaio, 30, também comemorou. “O frio já era esperado, mas não estávamos preparados, não tinha casaco, cobertor – no estoque - mas hoje está bem melhor, principalmente porque tivemos muitas vendas desses produtos”, contou.

O clima de frio intenso na região se deve a uma frente fria que atinge todo o Mato Grosso do Sul e vai permanecer até o fim de semana. Segundo o meteorologista Natálio Abraão, as mínimas nos próximos dois dias em Corumbá devem ficar entre 5,8ºC e 7°C.