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Campo Grande: briga familiar termina com inocente morto a tiros e um esfaqueado

Campo Grande News em 24 de Outubro de 2017

Uma tarde de  lazer entre cunhados acabou terminando em tragédia, com um deles esfaqueado no pescoço e outra pessoa, que nada tinha a ver com a situação, morta a tiros no começo da noite de segunda-feira (23), no Portal do Caiobá - bairro localizado na região sudoeste de Campo Grande.

Wellington Conte Gonçalves, de 35 anos, foi atingido por pelo menos dois disparos feitos por Ademir Duran, de 49 anos, que momentos antes já tinha esfaqueado o cunhado, Ataíde Ortiz Gavilan, de 48 anos, no pescoço.

Marcos Ermínio/CG News

Vítima morreu ao perceber confusão e oferecer ajuda para o autor do crime

Conforme as testemunhas, Ataíde e Ademir passaram a tarde na casa do autor, na rua Janaina Chacha de Melo, conversando e tomando bebidas alcoólicas. Porém, em dado momento, os dois começaram uma discussão, princípio de toda a tragédia.

Ademir sacou um revólver calibre 32 e, para se defender, Ataíde pegou uma faca na cozinha. A mulher de Ademir e irmã de Ataíde estava lavando roupa no momento e tentou intervir, mas acabou se ferindo, levemente, no dedo, e desistiu.

Ela voltou para dentro da casa e fugiu pela janela dos fundos com o filho, já que a briga acontecia na única porta de saída da residência, na frente dela. A confusão entre os cunhados prosseguiu. Ademir, mesmo com uma arma de fogo, desarmou Ataíde e acertou o cunhado no pescoço. Em seguida, ele deixou a faca e a vítima esgorjada na casa e saiu na rua, armado. E é aí que surge Wellington na história.

Ofereceu ajuda 

Segundo apurado, Wellington seria motorista da Uber e tinha deixado o carro no lava-jato minutos antes. Ao passar perto da casa, percebeu a movimentação e perguntou o que tinha acontecido e se Ademir precisava de ajuda. Mas, ao invés de uma resposta, ele foi alvejado por dois disparos feitos por Ademir.

O autor ainda teria efetuado vários tiros na rua, sem direção, e tentado fugir em seguida. Porém, ele foi perseguido por vizinhos, que conseguiram o segurar e chamar a PM (Polícia Militar), que o prendeu em flagrante. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para socorrer as vítimas.

Porém, quando o socorro chegou, Wellington já estava morto. Contudo, Ataíde ainda estava vivo, gravemente ferido, sendo necessário atendimento de viatura  avançado do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Ataíde foi levado até a região do Aero Rancho pelos Bombeiros, que o transferiram para a viatura do Samu, que terminou de realizar os primeiros socorros e o levou para a Santa Casa, onde ele permanece em estado grave.

Na arma utilizada por Ademir, apreendida pela polícia, foram verificados que cinco disparos foram feitos. Além disso, Ademir foi hostilizado sob gritos de "assassino" pela população quando saía, preso, do local do crime. A PM o levou para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.