Da Redação em 12 de Abril de 2025
A Maternidade de Corumbá emitiu, neste sábado (12), nota sobre uma mulher grávida, de 28 anos, que perdeu gêmeos após intensa hemorragia.
O marido dela contou à TV Morena, que a bolsa estourou na quinta-feira (10), quando a gestante estava no Fórum da cidade. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados pela família, mas, de acordo com ele, a ambulância demorou para chegar, e a esposa foi levada em uma viatura para a maternidade. "Ela ficou mais ou menos cerca de uma hora e meia sangrando. Hemorragia intensa, forte. Ficou pálida quando foi levada para a mesa de cirurgia pra tentar tirar as crianças", disse.
A mulher completaria cinco meses de gestação na terça-feira (15). Ainda de acordo com a reportagem da TV Morena, desde o dia 27 de março, a gestante aguardava o agendamento de uma consulta de alto risco, que não chegou a ser marcada. O acompanhamento pré-natal foi realizado em Unidade Básica de Saúde. A gravidez era considerada de risco, pois os gêmeos eram univitelinos, ou seja, compartilhavam a mesma placenta, característica de uma gestação gemelar de alto risco.
A nota assinada pela diretora da Maternidade, Dra. Dalva Dias, informa que quando a paciente chegou, foi imediatamente acolhida e atendida pela equipe médica de plantão, sem necessidade de passar pela triagem, dada a gravidade do quadro e que ela está sob acompanhamento médico.
Confira a nota da Maternidade
Diante da grande repercussão pública sobre um caso de aborto ocorrido na Maternidade de Corumbá, a direção informa que:
No dia 10 de abril de 2025, uma paciente deu entrada na unidade apresentando quadro de hemorragia transvaginal, em gestação gemelar de 19 semanas, configurando um caso de aborto em curso.
A paciente foi imediatamente acolhida e atendida pela equipe médica de plantão, sem necessidade de passar pela triagem, dada a gravidade do quadro. A prioridade da equipe foi garantir a saúde da gestante, que recebeu todos os cuidados clínicos necessários de forma ágil e eficaz.
Não houve falta de medicação em nenhum momento durante o atendimento. Também não foi indicada intervenção cirúrgica, uma vez que os fetos não apresentavam idade gestacional compatível com a vida extrauterina (fora do útero).
A paciente encontra-se atualmente clinicamente estável, sob acompanhamento da equipe de saúde.
Reforçamos que o caso em questão tratava-se de um aborto em curso, inevitável, e que a idade gestacional era incompatível com a vida extrauterina.
Dra. Dalva Dias
Diretora da Maternidade
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