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Justiça Federal proíbe criação de gado em 6,4 mil hectares degradados no Pantanal

Campo Grande News em 12 de Abril de 2025

Agência Gov

Fiscais do Ibama em área degrada no Pantanal que foi usada para fazer pasto irregularment

Uma decisão liminar da Justiça Federal em Corumbá (MS) proibiu a exploração de 6.419,72 hectares no Pantanal, em áreas da União degradadas pela criação irregular de gado. A ordem judicial determina que os três responsáveis pelas fazendas retirem o rebanho das áreas, arcando com todos os custos da operação, sob pena de multa diária.

A ação foi movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), no âmbito do programa AGU Enfrenta, voltado ao combate a crimes ambientais. A decisão também é resultado de uma articulação com a Polícia Federal e o Ibama. A AGU cobra ainda R$ 725 milhões de indenização dos infratores pelos danos ambientais causados.

Segundo as investigações, os responsáveis instalaram duas grandes fazendas no local após incêndios ocorridos entre junho e setembro de 2020. Desde 2021, as áreas vinham sendo exploradas com atividades de pecuária, construção de estruturas e queimadas para limpeza de pasto, impedindo a regeneração do bioma.

A liminar exige a interrupção imediata das atividades e estabelece que a área permaneça em “descanso”, sem qualquer tipo de exploração, para permitir a regeneração natural da vegetação durante o andamento do processo.

De acordo com a procuradora Mariana Cirne, da AGU, a decisão reforça que crimes ambientais terão resposta firme. “Os infratores responderão criminalmente, administrativamente e com a reparação do dano”, afirmou. Já o advogado da União Lucas Campos destacou que a medida demonstra o compromisso do Estado brasileiro com a preservação do meio ambiente.

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