Cardiologista explica sinais de alerta da exposição prolongada às altas temperaturas

Exaustão térmica. O termo veio à tona após o laudo sobre a morte da jovem Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, mas a condição médica já é conhecida no meio, principalmente em Mato Grosso do Sul, Estado que apresenta altas temperaturas em quase todo ano e é caracterizado pelo hábito de seus habitantes em fazerem exercícios ao ar livre, pelo gosto por passeios ecológicos com muitas trilhas e costume de fazer pedaladas.

De acordo com o cooperado da Unimed Campo Grande e cardiologista Délcio Gonçalves, a “exaustão térmica” ocorre quando o corpo é exposto a um período longo de temperaturas altas produzindo energia em alta demanda para tentar baixar a temperatura corporal.

“Por um tempo prolongado pode atingir um limite de comprometer essa temperatura e a pessoa começa a apresentar vários problemas em órgãos vitais”, explica. Segundo ele, as complicações podem ser cardíacas, respiratórias, neurológicas, musculares e, dependendo da intensidade a que foi exposta, evoluir para desmaios, convulsões e parada cardíaca.  

Como perceber os sinais

O especialista ensina como o corpo emite os sinais que está trabalhando no limite: “uma fadiga/cansaço extremos, câimbras, tonturas, embaçamento visual e, nos casos graves, desmaios e convulsões”. O cardiologista ainda faz um alerta: “não necessariamente, a temperatura do corpo estará alta”.

Para se precaver de complicações, Délcio Gonçalves sugere a hidratação como aliada, bem como evitar atividades físicas em horários mais quentes do dia, sempre preferindo locais cobertos ou muito refrigerados. “Busque fazer intervalos regulares, pois a exaustão térmica ocorre quando a pessoa passa várias horas produzindo energia exposta ao calor externo do sol e, em um clima como o nosso, isso pode ser problema”. 

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