Trabalhadores buscam vaga fixa no comércio de Corumbá por meio do emprego temporário

Se o fim de ano representa lucro ao comércio, para muita gente essa época é sinônimo de oportunidade de trabalho. É no período de maior movimento para o comércio e a maioria das empresas precisa aumentar o quadro de colaboradores para atender uma demanda pontual, quando muitas pessoas que estão fora do mercado de trabalho conseguem, mesmo que em um curto período, a tão sonhada vaga.

No entanto, apesar de inicialmente serem denominadas temporárias, essas vagas, disponíveis principalmente nos segmentos de calçados, vestuário e de alimentos, podem se transformar em emprego fixo, dependendo do empenho e dedicação do colaborador.

Em Corumbá, a expectativa pelo aumento das vendas neste fim de ano é grande e alguns estabelecimentos projetam crescimento da procura por produtos de até três vezes. Essa expectativa reflete na criação das vagas temporárias, como em uma livraria, na rua Frei Mariano. De acordo com a gerência, são cerca de 25 contratações nesta época e também com o começo do ano, por causa da volta às aulas em fevereiro.

“Como é período de maior movimento do ano, para as vendas, acaba que a gente se complementa e ao final, algumas vagas podem ser efetivadas”, disse o proprietário Suleiman Antar.

De “olho’ em uma dessas vagas fixas, a jovem Maria Eduarda Cardoso de Arruda, de 16 anos, firmou contrato de três meses com a livraria de Suleiman. Ela afirmou que, mesmo sendo a primeira experiência no mercado de trabalho, quer conquistar a vaga.

"Desde pequena sempre tive interesse em ter meu próprio dinheiro. A dificuldade para buscar uma vaga era a questão da experiência. Aí, soube que aqui estavam contratando, me interessei, trouxe o curriculum e já fui chamada. Fiz o treinamento e no outro dia comecei. Recebo apoio total das pessoas que trabalham aqui. Vou agarrar essa oportunidade que veio em boa hora, pois vou ajudar em casa e pagar os meus gastos, como meu próprio lazer”, disse Maria Eduarda ao Diário Corumbaense.

A colega de trabalho, Isabelle Cristini de Freitas Gonzalez, de 20 anos, também aproveitou o período da vaga temporária. “Se torna especial por ter sido com o próprio esforço. Isso é fundamental. Eu passei e entreguei curriculum, na hora que entreguei, já fui convidada a fazer o treinamento e ficar com a vaga, fiquei por três dias treinando e acabei ficando. O meu contrato é de seis meses, e pretendo conquistar sim, a vaga fixa, com carteira assinada, pois dá para conciliar com meus estudos na Faculdade”, afirmou Isabelle.

Trabalhando na área de vendas de vestuários e calçados, em uma loja, localizada na esquina da rua Delamare com a Frei Mariano, Claudilene de Lima Vieira, de 39 anos, se diz grata pela oportunidade e também quer manter o emprego no comércio. Ela entrou em novembro e o contrato segue até o final de dezembro.

“Por isso, tenho que mostrar empenho e desenvolvimento na área. Já trabalhei em outras lojas, o que me ajuda com a experiência, mas a dinâmica muda. Aqui encaro como uma grande oportunidade grande”, mencionou Claudilene.

Os gerentes e proprietários avaliam

Mesmo sendo vaga temporária, os gerentes e proprietários dos estabelecimentos ficam de “olho” nos colaboradores, pois é a partir dessa chance, que eles, em alguns casos, decidem por fixar o empregado.

Dayanne Vernochi de Arruda, contou que iniciou como auxiliar de limpeza. A vaga foi conquistada durante emprego temporário, ela foi efetivada e começou a passar pelos processos de promoção na empresa. Hoje, bem estabilizada no trabalho, ela ocupa a vaga de gerente trainee e menciona que todas as etapas enfrentadas até chegar onde está, foram surgindo através da dedicação e força de vontade.

“Abrimos seis vagas esse ano. Todas preenchidas. A partir do momento que eles iniciam, também começamos a fazer o acompanhamento, observamos a produtividade, o atendimento. Ao mesmo tempo em que estão ali trabalhando, também estão sendo avaliados, pois nesse período o movimento é grande, queremos resultados e que possam conquistar a tão sonhada vaga”, desejou Dayanne.

Já o proprietário da livraria, Suleiman Antar, revelou está ampliando o empreendimento e vai aumentar o número de vagas fixas. 

“É bem provável que possamos ficar com 10 pessoas fixas. A gente começa as contratações no fim de novembro. O movimento de volta às aulas não é agora, começa  a partir de 20 de dezembro, até metade de março, porém não posso fazer as contratações no auge, porque eles têm que estar preparados para o atendimento”, concluiu Suleiman. 

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