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Fetems aprova os 14,95% do governo e poderá manter o melhor salário do país

Campo Grande News em 06 de Outubro de 2023

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Fachada do prédio da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande

Foi aprovado durante assembleia da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), na tarde desta sexta-feira (06), o reajuste de 14,95% negociado pela comissão da categoria com o governo, que já está tramitando na Assembleia Legislativa. O texto concede o retroativo a partir de 1º de outubro e tramita em regime de urgência.

Se aprovado, o piso dos professores efetivos da REE (Rede Estadual de Ensino) passará de R$ 10.383,18 para R$ 11.935,18. Desta forma, Mato Grosso do Sul continua sendo o Estado que melhor paga a categoria no país. Vale ressaltar que o teto da categoria passará a ser R$ 26.833,24. 

De acordo com as projeções apresentadas pela secretária de Administração, Ana Nardes, o reajuste proposto vai ter um impacto financeiro de R$ 36,1 milhões por mês, o equivalente a R$ 481,3 milhões por ano.

O presidente da Fetems, Jaime Teixeira, destaca que a remuneração evoluiu 237,69% desde o início da política aplicada em 2015, quando o piso nacional de 40h passou para 20h. Mas esta é uma realidade para a parcela de 8,1 mil profissionais da educação.

“Temos hoje três realidades na educação com os professores efetivos, convocados e o administrativo. A política iniciada em 2015 foi muito importante para valorizar o professor, mas a partir de 2019 houve a cisão entre efetivos e convocados”, lamenta.

Desta forma, profissionais que fazem a mesma função são diferenciados por questão de serem concursados e terem um plano de carreira e os que são contratados anualmente para preencher as vagas que a rede exige.

“Hoje, temos o melhor salário do Brasil, mas temos um gargalo ao retirar o convocado dessa política. Há uma defasagem de mais de 40%. Por isso neste ano conseguimos 12% a mais para o convocado do que para o efetivo para diminuir essa diferença”, explicou.

Também foram pactuados três anos de reajuste para os efetivos, com o objetivo de voltar ao texto original do piso nacional a partir de 2027. A ideia é reintegrar o percentual do salário de forma escalonada até 2032. 

“É uma forma de criar uma trégua de crescimento real. Não será o que está na lei nacional, e com o tempo vamos congelar a carreira. Temos um fôlego para fazer isso, mas é uma negociação para diminuir a diferença e reforçar o pedido de um calendário de concursos públicos que é muito mais importante”, destacou. 

O objetivo é pedir uma maior austeridade que hoje tem 11,1 mil convocados. “Entendemos que é possível convocar em menor número se não for ampliado para projetos. Com 9 mil convocados é possível trabalhar. Temos 1,2 mil aprovados em concurso para ser chamados até agosto do ano que vem”.

Outra discussão que será retomada após o feriado da próxima semana é o vale alimentação do auxiliar administrativo. “É urgente que o governo agora também atenda a proposta de criar um auxílio alimentação para o administrativo, que tem hoje 6 mil servidores. Estava no projeto R$ 300 e o governo tirou, mas vamos retomar a negociação”.