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Morre menino picado por escorpião na Bolívia

Leonardo Cabral em 27 de Fevereiro de 2023

Diário Corumbaense

Mãe e avó do menino que faleceu

O menino de quatro anos, que estava internado em um hospital de Santa Cruz de la Sierra, após ser picado por escorpião, não resistiu e morreu por volta do meio-dia, desta segunda-feira, 27 de fevereiro. Ele havia recebido ajuda humanitária, que partiu de Corumbá para envio de soro antiescorpiônico.

A criança voltou a sofrer parada cardíaca. Segundo informações do jornal El Deber, a equipe médica tentou reanimá-lo a partir das 11h30, mas ele não respondeu e a morte foi confirmada.

O secretário de Saúde e Desenvolvimento Humano do Interior, Edil Toledo, lamentou a morte do menino e responsabilizou o Ministério da Saúde pela falta de antídotos, já que, por lei, cabe a esta instância fornecê-los. Ele lembrou que foram os profissionais de saúde do Governo de Santa Cruz que, por “amizade”, conseguiram que as autoridades brasileiras, do lado de Corumbá, doassem as cinco doses do antídoto que o menino precisava quando lutava pela vida. Nas primeiras horas da manhã, uma das doses foi aplicada no garoto.

“A criança faleceu. Aqui estão todos os meus colegas que trabalharam dia e noite desde o fim de semana, mas infelizmente o paciente teve um problema cardíaco, duas cirurgias como histórico de um problema congênito. Devido à picada de escorpião, houve uma reação anafilática”, explicou Toledo.

Ele comentou que às 05h de recebeu o soro para neutralizar o veneno do escorpião. “A competência para ministrar vacinas em geral, soros antivenenos e outros contra venenos é do Ministério da Saúde. Todo o Gabinete do governador trabalhou para conseguirmos o antídoto da ‘amizade' que temos com as autoridades em saúde do Brasil, já que é obrigação do Governo da Bolívia disponibilizar à rede de saúde”, protestou Toledo.

A Secretaria de Saúde apresentou os documentos comprovatórios que confirmam que foi o Governo de Santa Cruz quem conseguiu o antídoto. "Pelo bom relacionamento com o Brasil, conseguiu-se o antídoto, estes são os exames e (no Ministério da Saúde) eles têm o descaramento de dizer que tomaram as providências", disse.

Os familiares lamentaram a falta de medicamentos no país, levando-os em peregrinação em busca do medicamento, pedindo ajuda e até viajando para fora do país por meios próprios.

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