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Receita e PF apreendem 168 toneladas de insumo químico usado no refino de cocaína; maior apreensão no Brasil

Rosana Nunes em 19 de Outubro de 2022

Divulgação/Receita Federal

É a maior apreensão de ácido bórico já feita no Brasil

A Receita e a Polícia Federal de Corumbá apreenderam na terça-feira (18), 168 toneladas de ácido bórico, um insumo químico controlado por órgãos de fiscalização, por ser amplamente utilizado em fases de processamento de cocaína.

A carga era transportada em seis caminhões, com placas do Peru, que entraram no lado brasileiro pela fronteira de Corumbá com a Bolívia. Ao passar pela fiscalização, servidores da Receita Federal constataram que a empresa que importou o insumo químico não tinha autorização da Polícia Federal.

De acordo com a Receita e a PF, por causa da forma de apresentação da substância - cristais brancos e brilhantes -, o produto é conhecido pelo tráfico de drogas como “mineíta”, “brilho” ou “escama mágica”, que agrega valor quando a droga é "batizada". 

Os órgãos de fiscalização calculam que a quantidade de ácido bórico apreendida, caso destinada ao tráfico,  seria suficiente para produzir cerca de 450 toneladas de cocaína. O insumo tem valor de mercado de 200 mil dólares, mais de 1 milhão de reais. É a maior apreensão de ácio bórico já feita no Brasil. 

"A apreensão reforça o compromisso das instituições envolvidas com o combate aos desvios de precursores químicos nas fronteiras como forma de combater o tráfico internacional de drogas. Estratégia que considera não apenas os insumos químicos que deixam o país com destinos aos principais países produtores de cocaína, como também aqueles que buscam internalizar o território nacional sem o devido lastro legal", reforçaram a Receita e a PF em nota. 

A carga está apreendida no Porto Seco da Alfândega.