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Setor de transporte de cargas protesta contra Operação Padrão da Receita e pede solução ao governo

Leonardo Cabral em 14 de Março de 2022

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Protesto aconteceu em frente a Agesa; no pátio do porto seco, dezenas de caminhões aguardam liberação da Receita

O Setlog Pantanal (Sindicato das Empresas de Transporte e Logística do Pantanal), transportadoras e caminhoneiros iniciaram a semana com protesto em frente a Agesa (Armazéns Gerais Alfandegados), nesta segunda-feira, 14 de março.

Eles pedem uma solução para a Operação Padrão, realizada por auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal. Já são quase três meses de mobilização dos servidores em todo o território nacional.

No Porto Seco administrado pela Agesa, alguns caminhões foram colocados atravessados em frente ao portão, impedindo a entrada e saída de caminhões. Ao Diário Corumbaense, Lourival Vieira Costa Júnior, presidente do Setlog Pantanal, disse que é preciso uma solução imediata para o impasse, que vem afetando o transporte de cargas nacional e internacional.

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Lourival Vieira Costa Júnior, presidente do Setlog Pantanal

“Nesse período da operação, a gente vem acumulando prejuízos que não tem como absorver. Entendemos a reivindicação dos servidores da Receita Federal, mas quem paga a conta não é o governo federal, mas sim, a iniciativa privada, os transportadores. O que pedimos é que o governo resolva o problema dele com a Receita, pois a operação segue e o governo não está nem aí, e isso respinga diretamente na gente”, falou Lourival.

Em uma conta rápida, ele estima prejuízos que ultrapassam R$ 5,4 milhões nesses quase três meses de operação. “A média de caminhão que fica no canal vermelho é de 60 todos os dias. Antes da operação, demorava três dias para ser liberado, agora leva 15 dias. Ou seja, por mês, o prejuízo é de R$ 1,8 milhão e nesses três meses já chegam a R$ 5,4 milhões. Isso é prejuízo que entra para a massa falida da empresa e não se consegue recuperar mais”, pontuou frisando que em relação aos valores, é uma soma moderada, pois acredita-se que os prejuízos ultrapassem esse montante.

Além disso, Lourival pede também “um representante do governo do estado e do município para a gente entregar as reinvindicações. Esse problema que estamos vivendo impacta na vida do município. A Agesa deixa de faturar, de pagar imposto, por conta da paralisação. Precisamos que o governo federal resolva com a Receita. O que podemos ter, caso siga esse problema, é o famoso ‘custo Brasil’, que é elevadíssimo, onde nossa fronteira vai perder movimento, não terá competitividade. Os exportadores e importadores vão em busca de lugares com mais facilidade de exportação e importação e nós vamos perder”, frisou.

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Prejuízos já ultrapassam R$ 5,4 milhões para as transportadoras

A Operação Padrão, realizada por auditores-fiscais e analistas-tributários, reivindica do Governo Federal concurso público, cumprimento de acordo firmado em 2016 que prevê pagamento de bônus de eficiência, após a reestruturação da carreira e o retorno de recursos para a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, que teve orçamento reduzido em 51,4%.

Nesta terça-feira (15) também haverá protesto em frente a Agesa.

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