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Por reforma no Judiciário, manifestantes fecham fronteira da Bolívia com Corumbá

Leonardo Cabral em 04 de Março de 2022

Diário Corumbaense

Veículos pesados na via internacional entre Bolívia e Corumbá impedem tráfego de veículos

A fronteira das cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suárez, com Corumbá, está fechada desde a zero hora desta sexta-feira, 04 de março. O bloqueio terá duração de 24h, informou ao Diário Corumbaense o presidente do Comitê Civico de Arroyo Concepcion Frontera, Antonio Chavez Mercado.

“A fronteira ficará fechada durante todo o dia de hoje. Apenas é permitida passagem para pessoas que cruzem a pé ou em caso de emergência, como ambulâncias. Nosso protesto é contra o abuso de autoridades judiciárias, nas áreas policiais, de juízes e fiscais”, explicou Antonio.

Ele ainda disse que uma reunião acontecerá no sábado (05) em Santa Cruz. “Vamos ter essa reunião e a partir da decisão, vamos definir o Paro (greve) por tempo indeterminado em todo o País”, concluiu.

Manifestantes relatam perseguições judiciais que líderes opositores ao Governo Luis Arce estão sofrendo. Eles querem reforma no judiciário.

Caminhões foram colocados cruzados na via pública, impedindo a passagem de veículos entre os dois países. Os manifestantes estão concentrados acima do Posto Fronterizo, do lado boliviano, porém, a ponte que delimita o território entre Corumbá e a Bolívia, também está fechada por carros.

Além da fronteira, há pontos de bloqueio na estrada Bioceânica. De acordo com Antonio Chavez Mercado esses pontos estão concentrados em algumas cidades, que ficam localizadas às margens da rodovia, principal linha de acesso entre Bolívia e Brasil.

Diário Corumbaense

Fechamento da Fronteira começou à zero hora desta sexta-feira

Na cidade de Santa Cruz de La Sierra, distante mais de 600 km de Corumbá, também há registro de mobilização. Alguns setores, como mercados municipais e transporte público não funcionam nesta sexta. Boa parte da população permanece em casa.

Entenda

O Paro cívico de 24 horas determinado pela Assembleia de La Cruceñidad, de Santa Cruz, Estado que  engloba várias cidade bolivianas.

“É um protesto contra as arbitrariedades e abusos que são cometidos no âmbito do órgão judiciário, do Ministério Público e da Polícia”, disse ao jornal El Deber o vice-presidente da entidade cívica de Santa Cruz, Fernando Larach.

A resolução da Assembleia de La Cruceñidad também exige que “o Poder Executivo respeite a independência dos poderes, condição essencial das instituições democráticas e do Estado de Direito”, completou.

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