Leonardo Cabral em 25 de Janeiro de 2022
Anderson Gallo/ Arquivo Diário Corumbaense
Parada Vaca foi preso na manhã desta terça-feira
O Diário Corumbaense apurou que Parada Vaca foi preso na própria sede da PF, localizada no Centro da cidade, quando foi buscar um documento que havia solicitado. Ele já havia sido incluído na difusão vermelha da Interpol e também foi expedido mandado de prisão pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.
Ainda conforme apurado pela reportagem, Antonio está recolhido na custódia da PF e depois será transferido para o sistema penitenciário de Corumbá, onde aguardará o processo de extradição, enquanto o pedido do governo boliviano é avaliado pela justiça brasileira.
Em nota, a Polícia Federal mencionou que a prisão foi possível graças à troca de informações entre os policiais federais de Corumbá, a Adidância (representação) da PF na Bolívia, escritório central da Interpol em Brasília e o Centro de Cooperação Internacional localizado na Polícia Federal no Rio de Janeiro.
O preso
Antonio Parada é procurado pela Polícia Boliviana. Na época em que pediu refúgio ao Brasil, estava acompanhado do irmão, Guillermo Parada Vaca, que também fez o pedido, mas acabou indo para o Panamá, onde foi preso no final de dezembro. Antonio Parada permaneceu em Corumbá.
Ele é ex-diretor de Recursos Humanos do Gabinete do Prefeito de Santa Cruz de la Sierra e o principal investigado no caso de contratação de funcionários fantasmas e compras ilícitas, gerando prejuízos à Prefeitura que ultrapassam 4,8 milhões de bolivianos por mês. Ele e o irmão fugiram da Bolívia antes de serem convocados pelo Ministério Público, após o escândalo de corrupção.
O Ministério Público informou que há nove pessoas investigadas por irregularidades, três estão detidas em Palmasola, incluindo a ex-prefeita Angélica Sosa. Os crimes tipificados neste caso são violação de deveres, legitimação de lucros ilícitos, conduta antieconômica e contratos lesivos ao Estado.
Antonio Parada Vaca aos poucos foi assumindo cargos hierárquicos no município. Ele foi servidor público municipal por 16 anos e ocupou sete cargos. Seus três últimos cargos no município de Santa Cruz foram: secretário assessor, entre fevereiro e outubro de 2018; assessor B, entre novembro daquele ano até outubro de 2019; e finalmente assessor C, na Secretaria Municipal de Planejamento, até janeiro de 2020, com salário de 15.250 bolivianos (cerca de R$ 11,8 mil).
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