Da Redação com jornal El Dia em 26 de Agosto de 2021
Ricardo Veizaga
De máscara e casaco vermelho, Lobo sendo entregue à Polícia Federal de Corumbá em maio deste ano
Lima Lobo foi entregue às autoridades brasileiras, no dia 05 de maio, em cumprimento a um pedido de extradição da Justiça do Brasil. A operação foi liderada pelo comandante nacional, Jhonny Aguilera. Desde então, cumpre prisão preventiva em um presídio de Campo Grande.
“Quando concordaram em extraditá-lo, as autoridades bolivianas chegaram a dizer que ele seria o herdeiro do narcotraficante colombiano Pablo Escobar devido a sua importante participação em um grupo de traficantes de drogas e que era considerado um rival no auge do chefe do cartel de Medellín", diz nota do Ministério Público, citado pela EFE.
Lima Lobo foi acusado de operar uma rede de aviões em que eram despachados remédios enviados da Bolívia e do Peru, que eram entregues em pistas clandestinas em fazendas em áreas de fronteira. O Ministério Público acrescenta que ele tinha vínculos com um grupo liderado por Valéria Silveira da Cruz, que distribui cocaína em todo o Brasil.
Quando Lima Lobo foi entregue ao Brasil em maio passado, o ministro do Governo da Bolívia, Eduardo del Castillo, destacou que a extradição havia sido autorizada pela Justiça desde dezembro de 2019, mas acusou o governo de Jeanine Añez de não executá-la.
"Selo Vermelho"
Acusado de narcotráfico, ele foi extraditado para o Brasil na noite do dia 05 de maio deste ano, após um ano e meio de prisão domiciliar em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Forte esquema de segurança por parte da Polícia Boliviana foi montado, para que o narcotraficante fosse trazido até a fronteira de Corumbá com a Bolívia, onde foi entregue pelas autoridades do país vizinho aos agentes da Polícia Federal, na ponte que liga os dois países, no Posto Esdras.
Lobo é natural da cidade boliviana de Beni e segundo investigações policiais era o líder de um clã familiar que mantinha vínculos com organizações dedicadas ao narcotráfico na Colômbia e no Brasil. Seu nome ganhou notoriedade em 2017, quando a Justiça brasileira solicitou sua extradição com “Selo Vermelho” pelo crime de tráfico internacional de drogas.
A Felcn, Polícia da Bolívia, o classificou como o líder de uma organização que controlava o tráfico de drogas em toda a Amazônia. O então diretor da Felcn, Maximiliano Dávila, garantiu que o domínio incluía áreas como San Joaquín, Santa Ana del Yacuma, Guayaramerín, Riberalta, Santa Cruz e até cidades dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Brasil.
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