Leonardo Cabral em 10 de Agosto de 2021
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Militares horas antes do confronto no bairro São Pedro, em Puerto Quijarro
No final da tarde de segunda-feira, 09 de agosto, em mais uma ação contra o contrabando, os servidores envolvidos na fiscalização foram até o bairro São Pedro, em Puerto Quijarro, para realizar apreensão de mercadorias que, supostamente, estavam armazenadas em uma casa, porém, enquanto aguardavam ordem judicial para entrar no imóvel, moradores do bairro se uniram e impediram o trabalho das autoridades.
Horas depois, já à noite, revoltados com o trabalho de fiscalização, moradores entraram em confronto com os policiais, militares da Armada e servidores da Aduana. Eles utilizaram fogos de artifício, lançados em direção aos militares e arremessaram pedras.
Os militares revidaram gás lacrimogênio. Nas ruas do bairro, muita correria e gritos e situação ficou sem controle. Após o confronto no bairro São Pedro, os moradores foram até a sede da Aduana Boliviana, que fica ao lado do posto de Fiscalização Fronteirizo, na divisa com a fronteira de Corumbá, onde também estão concentrados policiais bolivianos. Lá, algumas pessoas entraram e saquearam mercadorias que já haviam sido apreendidas em operações anteriores.
“Depois do confronto entre 300 a 400 pessoas, todas com os rostos encobertos foram em direção à sede da Aduana e saquearam o local. Além disso, na invasão, foram danificadas portas e grades do prédio e até pedras foram arremessadas contra os funcionários da Aduana e policiais”, disse o
Foto enviada pelo jornalista Ricardo Veizaga ao Diário Corumbaense Após confronto em bairro, moradores saquearam sede da Aduana na fronteira
Foram levados da sede da aduana, sacos de arroz e café entre outras mercadorias apreendidas. Nas imagens, é possível ver moradores com os rostos cobertos entrando e saindo, carregando mercadorias. Fogos de artifício também foram lançados em direção ao Posto Fronteirizo, na tentativa de intimidar policiais plantonistas que fazem fiscalização da entrada e saída do país.
Na Aduana, na hora da invasão, estava apenas o responsável pela segurança do prédio que nada pôde fazer. Em entrevista à imprensa boliviana, ele disse que “nada fez porque correu risco de vida. Invadiram e destruíram boa parte do prédio”, relatou o funcionário que estava bastante assustado.
Foto enviada pelo jornalista Ricardo Veizaga ao Diário Corumbaense Polícia Boliviana na sede da Aduana após invasão de saqueadores
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