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Apontado por enviar drogas à organizações criminosas da Colômbia e Brasil, Bolívia entrega homem à Polícia Federal

Leonardo Cabral em 06 de Maio de 2021

Ricardo Veizaga

"Pé Gordo" (à esquerda) no momento em que foi entregue à PF de Corumbá

Está preso na Polícia Federal de Corumbá, Jesús Einar Lima Lobo Dorado. Acusado de narcotráfico, ele foi extraditado para o Brasil na noite de quarta-feira, 05 de maio, após um ano e meio de prisão domiciliar em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

Forte esquema de segurança por parte da Polícia Boliviana foi montado, para que o narcotraficante fosse trazido até a fronteira com Corumbá, com a Bolívia, onde foi entregue pelas autoridades do país vizinho aos agentes da Polícia Federal, na ponte que liga os dois países, no Posto Esdras. O comandante geral da Polícia da Bolívia em Puerto Quijarro, Jhonny Aguilera Montecinos, coordenou a ação. 

Ele é natural da cidade boliviana de Beni e segundo investigações policiais era o líder de um clã familiar que mantinha vínculos com organizações dedicadas ao narcotráfico na Colômbia e no Brasil. Seu nome ganhou notoriedade em 2017, quando a Justiça brasileira solicitou sua extradição com “Selo Vermelho” pelo crime de tráfico internacional de drogas. 

No entanto, Lima Lobo Dorado só foi preso pela Polícia em 28 de setembro de 2019, quando foi realizada uma operação em Villa Bonita, na área de Urubó, em Santa Cruz.

Na época, o então ministro de Governo, Carlos Romero, junto com ex-autoridades da Polícia e da Força Especial de Combate ao Tráfico de Drogas (Felcn), o apresentou como um dos “pesos pesados” do tráfico de cocaína e "herdeiro" do conhecido traficante colombiano Célimo Andrade, parente de Pablo Escobar.

Ricardo Veizaga

Narcotraficante no setor de Migração da Bolívia, na fronteira

A Felcn o classificou como o líder de uma organização que controlava o tráfico de drogas em toda a Amazônia. O então diretor do Felcn, Maximiliano Dávila, garantiu que o domínio incluía áreas como San Joaquín, Santa Ana del Yacuma, Guayaramerín, Riberalta, Santa Cruz e até cidades dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Brasil.

Eles operavam com pequenos aviões em pistas clandestinas, além de outras rotas terrestres e fluviais.

Extradição

A ordem de extradição foi emitida em 12 de dezembro de 2019 pela Justiça da Bolívia, mas beneficiado por outras decisões, em setembro de 2020, Jésus Einar foi para prisão domiciliar e só agora a extradição ocorreu. 

A Polícia Federal de Corumbá confirmou ao Diário Corumbaense que o narcotraficante está na sede da Delegacia e será encaminhado ao sistema prisional. 

Com informações do jornal El Deber.