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Funcionários do Banco do Brasil fazem novo protesto contra reestruturação anunciada pelo Governo

Da Redação com Campo Grande News em 10 de Fevereiro de 2021

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Agência do BB em Corumbá amanheceu com faixas de protesto contra a reestruturação

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro paralisou, nesta quarta-feira (10), os serviços do Banco do Brasil em todo o País em protesto à proposta do governo federal de reestruturação do banco. A única agência do BB em Corumbá, localizada na rua 13 de Junho, área central, amanheceu com faixas informando a paralisação. Mas os caixas automáticos e serviços digitais operam normalmente. 

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande, MS e Região, que engloba funcionários da Capital e de outras 27 cidades do interior do Estado, informa que a paralisação nacional de hoje é contra a "reestruturação do Banco do Brasil que prevê fechamento de agências e demissões".

Segundo o Sindicato, ao menos três agências seriam fechadas e outras três seriam transformadas em postos de atendimento, caso essas mudanças passem. Isso atingiria 690 bancários em Mato Grosso do Sul.

Atualmente há aproximadamente 60 unidades do Banco do Brasil, entre escritórios, agências e postos de atendimentos, espalhadas pelo Estado - a maioria, em Campo Grande - mas não há como mensurar quantas acataram a mobilização.

A reestruturação proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido) acarretaria no fechamento de 112 agências no Brasil, além do desligamento de 5 mil funcionários. A mobilização que vai de encontro a isso foi decidida por meio de assembleia online, onde funcionários puderam decidir se acatariam ou não.

O Banco do Brasil anunciou que a reorganização da rede de atendimento, incluindo o fechamento de unidades, deve trazer uma economia líquida anual estimada com despesas administrativas de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025. 

No último dia 29 de janeiro, bancários do BB, protestaram contra a medida em várias cidades brasileiras. Em Corumbá, o Sindicato dos Bancários entregou uma carta aberta à população. 

Confira a carta aberta à população sobre o "desmonte do Banco do Brasil"

O ano de 2021 começou com o anúncio da direção do Banco do Brasil de um plano de reestruturação que prevê o fechamento de agências e outras unidades, além de um Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar 5 mil trabalhadores do banco, entre outras medidas que prejudicam os funcionários e o atendimento ao público.

A direção do Banco do Brasil quer fazer mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios. Serão centenas de agências fechadas, muitas delas em cidades do interior do país que não dispõem de outras instituições bancárias. Outro ponto do plano é a meta de dispensar 5 mil funcionários, agravando ainda mais o atendimento à população.

Lembramos que essas medidas são anunciadas em meio a uma pandemia que cresce a cada dia, na qual o desemprego é uma crueldade que atingirá milhares de bancários e outros trabalhadores que prestam serviços nas agências e outras unidades do banco.

O que está por trás dessas medidas é o desmonte do Banco do Brasil, um banco público que tem um papel histórico no desenvolvimento econômico do país. O Banco do Brasil e seus funcionários atuaram na linha de frente no atendimento à população durante a pandemia, com todas as dificuldades que a falta de estrutura da instituição trouxe para nosso trabalho. A população será prejudicada de diversas formas com essa reestruturação. Uma delas é a redução dos caixas executivos, que vai afetar diretamente o serviço de atendimento ao público.

O Banco do Brasil é um banco público ameaçado por um governo que leva o país a uma situação desesperadora. É parte dos serviços públicos que prestam serviços essenciais à população, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e o ensino público e gratuito do nível básico ao superior. É o serviço público que atende à população mais carente e que está ameaçado pelo atual governo.

Os funcionários do Banco do Brasil não vão aceitar essa arbitrariedade da direção do banco. Estão dispostos a iniciar um calendário de lutas que não descarta a greve como ferramenta para barrar esse ataque ao BB. Convocamos a população a protestar contra essa reestruturação do Banco do Brasil, que aumenta o desemprego e piora o atendimento, uma reestruturação que faz parte de um plano maior de desmonte geral do serviço público no Brasil.

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Corumbá

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