Leonardo Cabral em 24 de Setembro de 2020
Reprodução/Internet
Delegacia ficou destruída pelo incêndio provocado por grupo de moradores
A decisão da transferência para Palmasola foi informada logo após a audiência cautelar, que aconteceu nesta quinta-feira, 24 de setembro.
Outro processo irá apurar quem são as pessoas que incendiaram a Delegacia de Trânsito de Puerto Suárez, além de veículos apreendidos, viatura da própria Polícia e o carro do policial preso. A sede da
“Neste caso serão abertos dois processos, um contra o autor das três mortes e outro contra os que atacaram a delegacia. Queremos fazer um apelo à população para que não faça justiça com as próprias mãos. Agora o que se vai fazer é cumprir a lei”, disse o vice-ministro do Regime do Interior da Bolívia, Javier Issa, durante coletiva de imprensa.
Fogo na Delegacia
Testemunhas disseram que a revolta começou depois que policiais que atenderam o caso, ao identificarem o acusado, que estaria embriagado no momento do acidente, teriam tentado escondê-lo. Uma parte da população foi até a Delegacia exigir a prisão do motorista, levando dois policiais. Os ânimos saíram do controle e o grupo acabou incendiando o prédio.
Reprodução/Clave 300 Carros que estavam no pátio da Diprove também foram incendiados
O sargento Hernando não estava de serviço quando atropelou um casal que estava de moto, e um pedestre, na Avenida Mariscal Sucre, em Suárez Arana Paradero. Socorristas foram acionados, mas as vítimas morreram no local do acidente. Eles foram identificados como Carlos Ulloa, Aline Antelo e Judember Peña. Com informações do jornal El Deber.
Não é a primeira delegacia incendiada
Essa não foi a primeira vez que a população da fronteira incendiou prédio de uma Delegacia de Polícia da Bolívia. Em 2014, por causa da morte do comerciante Mario Parada Ajala, de 46 anos, a sede e veículos da Polícia Nacional foram incendiados por um grupo de pessoas que se revoltaram com o caso no dia 31 de outubro daquele ano.
O comerciante foi socorrer um motociclista que teria sido atropelado por um policial. Ao indagar o porquê de o policial não socorrer a vítima, o militar se irritou e começou a agredir o comerciante junto com mais policiais. A casa da família de Mário ficava ao lado da sede da Polícia Nacional. Com tantas pancadas, o comerciante teve a coluna vertebral quebrada e ficou 'arrebentado' por dentro.
Levado para Santa Cruz de la Sierra, Mario não resistiu aos ferimentos, sofreu uma parada cardíaca e morreu. Na mesma noite, quando soube da morte, um grupo de moradores se enfureceu e ateou fogo na sede e viaturas da Polícia Nacional. As instalações ficaram destruídas e três presos fugiram na ocasião.
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