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Programa de Imunização de Corumbá orienta sobre a importância das vacinas

Leonardo Cabral em 09 de Setembro de 2020

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Vacinas têm que ser aplicadas desde os primeiros dias de vida da criança para a defesa das patologias

A exemplo de todo o País, a cobertura vacinal em Corumbá está baixa conforme o Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde. O período do levantamento corresponde ao ano de 2019 e também parte de 2020.

Com isso, o Município não vem cumprindo as metas de imunização de bebês e crianças que devem tomar doses de vacinas que são ofertadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme preconiza o Ministério da Saúde, a meta para vacinação entre bebês e crianças costuma variar entre 90% e 95% do número de pessoas nessa faixa etária que tomam as doses disponíveis. Neste contexto, o primeiro patamar vale para a vacina contra a tuberculose BCG e rotavírus. Num segundo patamar para as demais doses.

No entanto, em Corumbá, segundo os números, a tuberculose BCG foi a única que conseguiu bater a meta de imunização em 2019, com 95,66%, porém, há uma explicação.

Conforme a responsável pelo Programa Municipal de Imunização, Luciana Ambrósio, isso acontece, pois, a BCG é aplicada na maternidade todos os dias a bebês recém-nascidos. “A única que atingimos foi a BCG porque o Ministério da Saúde recomenda acima de 95% e essa dose, conseguimos aplicar já na Maternidade, antes da saída do bebê”, ressaltou.

Queda na imunização

Já as outras vacinas tiveram queda. A hepatite B fechou o ano de 2019, com 92,74%. Ela deve ser tomada até os 30 dias de vida; a poliomielite (72,46%), a dose é para menores de um ano; pentavalente (51,96%), para menor de 01 ano também, que no ano passado e começo de 2020 esteva em falta, vindo a normalizar em abril deste ano.

As doses relacionadas a sarampo/rubéola e caxumba, ou seja, a tríplice viral, para crianças de 01 ano, fechou 2019 em 85,96%. Todas estão abaixo do que preconiza o Ministério da Saúde.

Luciana diz que a baixa procura pelas doses das vacinas está relacionada a inúmeros fatores, mas salienta a importância da imunização. “As doses são importantes, pois vão proteger a criança desde o seu nascimento contra as doenças que elas terão contato no decorrer do crescimento. Para causar o efeito protetor, 'blindando' o corpo da criança, todas precisam tomar as vacinas, e algumas delas são várias doses para conseguir essa proteção, porém, a mãe vai e dá a vacina e não retorna para fechar o ‘esquema’, dando uma falsa sensação de proteção e do ‘estar tudo bem’”, explicou Luciana ao Diário Corumbaense.  

No entanto, Luciana Ambrósio enfatizou que fake news são um dos fatores para a baixa cobertura vacinal. "Eles fomentam a falsa ideologia, ideia essa no qual a mãe acaba sendo 'convencida' que a vacina fará mal ao filho e que não precisa das doses, o que é uma decisão totalmente equivocada”, mencionou.

Em 2020 também está havendo uma queda acentuada em relação à vacinação. “A população não pode ter medo de se proteger. A vacina é diagnóstico diferencial para a covid-19, vírus que vem fazendo milhões de vítimas em todo o mundo. Por exemplo, temos vacinas disponíveis ainda da Influenza H1N1, nas unidades de saúde e se uma pessoa que se vacinou nesse ano vir a apresenta sintomas de síndrome gripal, a Influenza já é descartada, por isso a importância das doses, em qualquer faixa etária”, reforçou.

Imunização é barreira 

A vacinação logo nos primeiros dias de vida é de extrema importância e apresenta dois efeitos benéficos. No indivíduo, ela induz a formação de anticorpos contra o vírus ou a bactéria. Já em termos populacionais, cria uma rede de proteção que dificulta o contágio de quem não é vacinado. Dessa forma, os vírus ou as bactérias não passam de uma pessoa para a outra porque já houve a produção de anticorpo.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Doses das vacinas são barreiras para outras doenças

Nesse contexto, Luciana ressaltou que as vacinas são estudadas por muitas décadas e têm efeitos sim, “pois ajudam a combater doenças que já foram erradicadas, mas que com esse tipo de comportamento podem voltar a assolar a população e prejudicar também a criança, com algumas sequelas”, alerta.

O sarampo, por exemplo, voltou a ser registrado em alguns Estados do Brasil. Isso é reflexo da falta de conscientização da população em não procurar as campanhas vacinais que ajudam a formar essa barreira contra a doença.

Em Corumbá, uma suspeita de sarampo, conforme apurou o Diário Corumbaense, foi registrada em 2019. Mas foi descartada posteriormente por ser “mononucleose”.

Porém, devido a casos no Brasil, este ano, a Saúde Municipal está em campanha para vacinação em massa contra o sarampo, para idade de 20 a 49 anos. Contraindicações da dose somente para suspeita ou confirmação de gestação.

Mapeamento

Uma das alternativas encontradas para ajudar a melhorar os indicadores de vacinação na cidade, conforme Luciana Ambrósio, é uma ação parecida com mapeamento, que é realizado pela Secretaria de Saúde, através dos agentes comunitários.

Eles percorrem os bairros que não têm sala de vacina e, então, fazem toda a orientação para os pais sobre a importância da imunização.

Confira as Estratégias de Saúde da Família com as vacinas disponíveis:

Angélica Anache

Walter Victorio

Pedro Paulo

Ênio Cunha

Humberto Pereira

Nova Corumbá

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