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Ministério Público da Bolívia pede prisão de Evo Morales por terrorismo

Leonardo Cabral em 07 de Julho de 2020

Reprodução/ El Deber

Depois de renunciar, Evo foi para o México e atualmente mora na Argentina

A Promotoria do Departamento de La Paz anunciou na segunda-feira, 06 de julho, que o ex-presidente Evo Morales foi acusado pelos crimes de terrorismo e financiamento do terrorismo depois de encontrar provas de sua responsabilidade na organização de um cerco às cidades em novembro passado. O Ministério Público solicitou a detenção preventiva do ex-presidente.

O promotor Marco Cossío, garantiu que este é um "caso relevante" para todos os bolivianos e é por isso que ele merece atenção especial do Ministério Público.

"Após a revisão detalhada da investigação, a experiência e os elementos coletados durante a fase preparatória, por meio da comissão de promotores, foi publicada resolução de acusação formal contra Evo Morales Ayma e foi levada ao conhecimento do juiz de garantias que solicitam detenção preventiva", explicou Cossío.

Rudy Terrazas, um dos promotores que investigam o caso, destacou que se Morales não testemunhar pelos crimes pelos quais é acusado, as observações exigidas pela Interpol serão corrigidas e sua captura internacional será solicitada.

Logo após o relatório do Ministério Público ser emitido, o ex-presidente Evo Morales, reagiu através do Twitter, no qual afirma que a imputação é ilegal e que um áudio que o envolve, que seria uma das provas, foi alterado.

A renúncia

A renúncia de Evo Morales ocorreu vinte dias após a votação que teria lhe garantido o quarto mandato consecutivo já no primeiro turno, vencendo o opositor e ex-presidente Carlos Mesa. O resultado das eleições de 20 de outubro, no entanto, foram contestados pela oposição e deflagraram grandes protestos contra e a favor de Morales. Três pessoas morreram durantes os confrontos.

Evo chegou a convocar novas eleições e também anunciou a renovação dos membros do Supremo Tribunal Eleitoral. Também disse que não renunciaria, que iria cumprir seu papel constitucional. Isso depois que auditoria da OEA (Organização dos Estados Americanos) apontou irregularidades na eleição presidencial.

Em 10 de novembro, Evo Morales, em rede nacional, anunciou sua renúncia. Ele foi para o México e atualmente vive refugiado na Argentina. Com informações Unitel e El Deber. 

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