Campo Grande News em 12 de Maio de 2020
Conforme boletim de ocorrência, policiais militares escutaram ruídos de tiros próximo ao quartel e na sequência avistaram um menino correndo até a recepção. Desesperado e pedindo por socorro dizia que seu pai estava em casa matando a sua mãe.
Angustiada, a criança relatou à polícia que seu pai chegou de carro e começou a atirar. Os policiais, então, foram até o local e encontraram a mulher caída na porta da sala ao lado de sua filha, Roseli. As duas tinham sangramento por todo o corpo.
Mais à frente, entre a sala e um corredor que dá acesso a cozinha, estava o corpo de Weber com marca de tiro na testa. A arma utilizada no crime foi encontrada entre suas pernas. O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu Roseli, para a Fundação Hospitalar. Ainda não há informação sobre o estado de saúde dela. Elza morreu no local.
Segundo relatos de testemunhas à polícia, Weber agiu por ciúmes e não aceitava o fim do relacionamento ocorrido recentemente.
Tragédia
O marido de Elza, Wilson Santos, 50 anos, contou que estava sentado em frente da residência, quando Weber chegou em um veículo Fiat Palio branco perguntando da ex-mulher, Roseli. Em seguida, escutou os disparos e viu seu neto correndo sentido pelotão da PM, que fica na região.
Wilson, então, deu a volta pelos fundos, pegou uma vassoura para se defender e quando entrou na residência encontrou Weber atirando contra a própria cabeça. Três crianças presenciaram o crime. O Conselho Tutelar foi acionado e ficou responsável pelas as crianças. Uma pistola .40, dois carregadores, 11 munições intactas, 4 estojos e dois projéteis foram apreendidos pela polícia. O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil, feminicídio na forma tentada e suicídio.
Feminicídios
Nos cinco primeiros meses deste ano já foram registrados no Estado 14 feminicídios. Um dos casos mais recentes, a vítima de 35 anos, morreu ontem (11) na Santa Casa de Campo Grande após ter 70% do corpo queimado pelo próprio marido.
Celeide da Silva Valejo dormia em uma residência no Bairro Cristo Rei, em Anastácio, quando o marido Marcelo Adriano Jeronymo Rocha, 34 anos, jogou álcool sobre o seu corpo e ateou fogo. Celeide sofreu queimaduras de segundo grau, foi socorrida, mas não resistiu.
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