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Permanência de diretor da PF não foi usada como "moeda" para indicação ao STF, diz Moro

G1/Brasília em 25 de Abril de 2020

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou nesta sexta-feira (24) em uma rede social que "nunca" utilizou a permanência de Maurício Valeixo na Direção-Geral da Polícia Federal como "moeda troca" para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Mais cedo, nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no Palácio do Planalto disse que Moro afirmou a ele concordar com a demissão de Valeixo, mas em novembro, depois de ser indicado para o STF.

 

"A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF", publicou Moro na internet.

 

"De fato, o Diretor da PF Maurício Valeixo estava cansado de ser assediado desde agosto do ano passado pelo Presidente para ser substituído. Mas, ontem, não houve qualquer pedido de demissão nem o decreto de exoneração passou por mim ou me foi informado", acrescentou.

 

Ministro há mais tempo no STF, Celso de Mello se aposentará em novembro deste ano, quando completará 75 anos, idade máxima para ministros integrarem o Supremo.

 

Demissão

 

Sergio Moro anunciou demissão do cargo nesta sexta-feira porque, segundo o ex-ministro, Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF ao decidir demitir Mauricio Valeixo. Moro não aceitou.

 

Moro afirmou também que, a exoneração de Valeixo, publicada "a pedido" no "Diário Oficial da União" com as assinaturas dele – Moro – e de Bolsonaro, não foi assinada por ele nem a pedido do agora ex-diretor geral.


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