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Preso em MS, substituto de Marcola é principal alvo de operação do Gaeco

Fonte: Campo Grande News em 27 de Novembro de 2019

Marcos Maluf/CG News

Movimentação de policiais do Batalhão de Choque em frente a Máxima nesta manhã

Operação Flash Back, desencadeada na manhã desta quarta-feira (27) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em presídios de Campo Grande e Dourados, cumpre mandados de prisão em outros cinco estados. O principal alvo das ações está preso em Mato Grosso do Sul e é apontado como o novo líder da facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo informações divulgadas pelo Ministério Público do Estado de Alagoas, sete meses de investigação revelaram que o principal núcleo de atuação da facção está em Mato Grosso do Sul. Ordens de “justiçamento” para todo o País são feitos de dentro de uma unidade prisional de Estado, pelo preso conhecido como “Maré Alta”. 

O investigado, ainda conforme o Ministério Público, assumiu a liderança do PCC e substituiu Marcos Willians Camacho, o Marcola, um dos principais chefes da facção desde sua criação que atualmente está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.

A operação cumpre, ao todo, 110 mandados de prisão em Alagoas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Tocantins e Sergipe. No Estado, equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Gaeco estão no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande, e na Penitenciária Estadual de Dourados.

O objetivo da ação é isolar os líderes da nova estrutura da facção, que tem como caraterística, segundo as investigações, execuções após o ‘tribunal do crime’, que é formado pelos integrantes que detém maior poder ou funções privativas dentro do PCC.

“Uma das características do PCC é a frieza com a qual determinam a forma de execução das suas vítimas, incluindo jovens inocentes e membros da própria facção, tidos como desobedientes, quase sempre narrando para elas como será o passo a passo da morte. Durante as execuções, os criminosos costumam fazer contato com o líder que deu a sentença e transmitir, por meio de vídeos, para provocar ‘prazer’ e reforçar sua autoridade, bem como ganhar prestígio dentro da facção”, reforçou o Ministério Público de Alagoas em nota.

Em Mato Grosso do Sul são cumpridos 12 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão.