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Lembranças e orações marcam o Dia de Finados em Corumbá

Rosana Nunes em 02 de Novembro de 2019

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Muita gente preferiu ir logo cedo visitar os túmulos de parentes

Desde às 05h deste sábado (02), Dia de Finados, os cemitérios de Corumbá, Santa Cruz e Nelson Chamma, recebem visitantes. São milhares de pessoas que tradicionalmente reservam a data para render homenagens e relembrar os entes queridos. Seja por meio de flores, velas ou até mesmo uma limpeza no local onde estão depositados os restos mortais dos familiares, a intenção é sempre demonstrar respeito à memória dos que já se foram.

As pessoas chegam sozinhas, acompanhadas ou com toda a família, trazendo velas, flores e água. Segundo a tradição cristã, as velas significam que as pessoas oferecem luz para as que já partiram; as flores não são oferecidas apenas como enfeite, mas também manifestam gratidão, respeito e saudade; a água ofertada representa a pureza, a paz de espírito e a unção batismal.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Família de Patrícia vive a saudade de dona Juracy, falecida há sete meses

Patrícia Souza da Cruz, de 31 anos, veio acompanhada de parentes. Todos vestiam camisetas com a foto estampada da mãe dela, dona Juracy Esquer de Souza, falecida há sete meses. “Para mim são meses de tristeza, saudades e solidão. O que restou são as lembranças dos momentos de felicidade, que jamais podemos esquecer. Ela ficará eternamente em nossos corações”, disse Patrícia ao Diário Corumbaense.

Ao redor dos túmulos, os familiares fazem oração e vivem momentos de muita emoção. Caso da professora Sirley Santana, de 42 anos. No cemitério Santa Cruz, estão sepultados os pais Roberto e Juraci. “Meu pai faleceu há 19 anos e minha mãe, já tem mais de 20 anos. Eles deixaram aprendizado e muitas saudades. Foram pais presentes, cumpriram sua missão e sei que, onde estiverem, estão em paz”, comentou a professora.

Missas são celebradas durante todo o dia nos dois cemitérios. No Santa Cruz, são três celebrações pela manhã. À tarde, a missa é às 16h, mesmo horário da última celebração no cemitério Nelson Chamma, na rodovia Ramão Gomes, que dá acesso à fronteira com a Bolívia.  

Vendedores ambulantes também aproveitam para ganhar renda extra na porta dos cemitérios com venda de lanches, velas, água, flores e coroas. Os cemitérios fecham às 19h.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Durante todo o dia, missas são celebradas em memória dos mortos

A origem da data

Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.

Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos". O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.

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