Silvio Andrade, da Assecom do Governo de MS em 16 de Setembro de 2019
Saul Schramm/Governo do Estado
A equipe conta com dois aviões que sobrevoam áreas que ainda estão em chamas
Equipes do PrevFogo, do Ibama, militares e civis sob o comando do Corpo de Bombeiros do Estado estão trabalhando diuturnamente para debelar as chamas que já consumiram mais de 40 mil hectares da fazenda, que tem atividades de pecuária e de ecoturismo, sendo uma das referências na área ambiental. A operação conta com dois aviões – um para sobrevoar a área e definir por GPS os pontos de focos, e outro, um agrícola, com bolsa para 2.600 litros de água.
Dificuldades de combate
A situação local ainda é crítica, depois de cinco dias de combate à queimada. No sábado (12), concluiu-se pelo controle do fogo, mas no final do dia outros focos apareceram. O coordenador da equipe formada por bombeiros, policiais ambientais, soldados do Exército e civis (funcionários da fazenda e voluntários), tenente bombeiro Carlos Antônio Saldanha Costa, explicou que existe uma carga de combustível muito grande no ambiente por conta da estiagem.
Saul Schramm/Governo do Estado
Animais fogem do fogo e buscam segurança na mata
A queimada se alastrou por uma linha reta de 35 km, do Rio Aquidauana a sede da fazenda, onde foi montada a operação. Grande parte da reserva legal foi consumida pelas chamas, que atingiu também a borda de uma unidade de 5 mil hectares de RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), onde o PrevFogo atua com 30 brigadistas. Uma área de brejo protege a reserva, informou o coordenador estadual do PreFogo, Márcio Yule, que integra a equipe na Caiman.
Apoio governamental
Enquanto os brigadistas, militares e voluntários enfrentam à exaustação as altas temperaturas do fogo e do clima seco, pesquisadores dos programas de conservação e proteção da onça-pintada e da arara azul, mantidos pela fazenda, monitoram as áreas queimadas para observação dos 146 felinos catalogados e os ninhais. A Caiman também iniciou levantamento da fauna e flora para mensurar o que foi destruído visando reconstruir o ambiente.
“Vivemos momentos dramáticos, nunca tínhamos enfrentando um evento assim, que veio com essa força brutal devido às condições climáticas, excesso de mancha verde e vento”, disse Roberto Klabin, dono da propriedade, que está à frente da força-tarefa. “O fogo entrou lambendo, se expandiu rapidamente e em pouco tempo chegou quase à frente da sede da fazenda. Mas, felizmente, estamos dominando a situação, apesar de novos focos.”
Klabin destacou o apoio do Governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar Ambiental (PMA), ressaltando que o apoio institucional, onde se inclui o Ibama, foi determinante para assumir o controle os focos. “As consequências ambientais são graves, a área foi muito afetada, mas acredito que tudo se recuperará, voltando o nosso refúgio a ser o lugar bonito e ambientalmente rico que todos estão acostumados a visitar e ver”, observou.
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