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Após reajuste na conta de luz, deputados aprovam moção de protesto contra Aneel

Campo Grande News em 04 de Abril de 2019

Os deputados estaduais aprovaram hoje (04), durante sessão, uma moção de protesto contra a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em função do reajuste de 12,48% no preço da conta de energia, para os 74 municípios atendidos pela Energisa.

Dos deputados que estavam na sessão, apenas Zé Teixeira (DEM) votou contra a moção de protesto, tendo assim adesão da maioria. O autor da medida, Marçal Filho (PSDB) tinha apresentado uma moção de repúdio, no entanto foi convencido pelos colegas para mudar a proposta para “protesto”.

Ele justificou que esta ação era para mostrar a insatisfação dos deputados, com este novo reajuste na conta de luz. “Tem muitas pessoas que ainda estão pagando as parcelas das contas de dezembro e janeiro, que vieram acima do esperado, agora vão ter que enfrentar este novo reajuste”, disse o tucano.

Marçal ponderou que os deputados já promoveram reuniões, audiências públicas e até um encontro com a direção da Aneel, mas que não houve soluções sobre os valores. “Portanto vamos mostrar nossa insatisfação e que não concordamos com esta situação”, disse.

José Carlos Barbosa (DEM) a princípio disse que apenas “repudiar” a ação da Aneel, não traria resultados, que o melhor era buscar explicações e dados para os valores da tarifa, mas no final o democrata concordou com o protesto.

Lídio Lopes (Patri) também ponderou que abril é o mês de reajuste da conta de energia, para todas as concessionárias no Brasil, e que por isso não foi uma medida específica para Mato Grosso do Sul. Com a aprovação, o documento será enviado para a direção da Aneel.

Reajuste

O reajuste médio é de 12,39%, que contempla 12,48% para baixa tensão e de 12,16% para alta tensão (indústrias). O índice foi definido pela Aneel e divulgado na terça-feira (dia 02) pela Energisa durante coletiva de imprensa.

De acordo com a gerente corporativa de regulação da Energisa, Dayanni Rossi, o total de 12,39%, é composto por duas parcelas. A parcela A responde por 9,32% da tarifa e contempla geração, transmissão de energia e encargos.

Os 3,07% restantes correspondem ao montante do reajuste que fica com a empresa. No cálculo do reajuste, a Aneel utiliza o IPG-M (Índice Geral de Preços – Mercado) acumulado em 12 meses e dados de geração de energia repassados pela concessionária. O indicador dos 12 meses foi de 8,27%.

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