Fonte: Campo Grande News/Portal ALMS em 05 de Fevereiro de 2019
Ex-vereador em Corumbá – cidade onde está instalada a mineradora Vale –, Evander Vendramine (PP) sugeriu até a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar as vistorias. “Tenho uma reunião hoje à tarde na Semagro e vou pedir a intensificação nas fiscalizações, principalmente na região do Urucum”, afirmou. “Se a Vale não tivesse sido omissa por tantos anos isso não teria acontecido. Também penso que o Ibama tem sido omisso. As barragens deveriam ser construídas nas áreas baixas e não nas altas, para que não inundem em caso de rompimento como ocorreu. Vemos obras que visam reduzir custos”, lamentou Evander.
O rompimento das barragens de alto risco situadas no complexo do Urucum, em Corumbá, não carrearia a lama com rejeitos de minério e manganês para a cidade ou para o rio Paraguai. Ambos estão distantes a pelo menos 40 km desses depósitos a céu aberto. Mas, não fiscalizados com critério pelos órgãos federais, se romperem, as estruturas podem tanto afetar uma comunidade tradicional, como varrer um ambiente de rica biodiversidade do Pantanal.
O deputado Felipe Orro (PSDB) disse no plenário que está em contato direto com as empresas - Vale e Vetorial (siderúrgica). “Queremos ver o mesmo que aconteceu em Minas Gerais, seja feito aqui. A desativação gradual e sem risco de barragens até a paralisação total das que têm o mesmo modelo da de Brumadinho”.
Já Pedro Kemp (PT) oficializou a convocação do secretário estadual de Meio Ambiente, Jaime Verruck, para que ele possa explicar aos parlamentares como funciona a fiscalização neste ramo.
Tragédia
A barragem da mineradora Vale em Brumadinho se rompeu no dia 25 de janeiro e destruiu o equivalente a 378 campos de futebol de mata, segundo comparação feita em matéria publicada no site da revista Veja.
Até ontem (04), conforme apurou a Agência Brasil, 134 corpos foram encontrados pelas equipes de resgate, dos quais 120 foram identificados. No total, 394 pessoas foram localizadas e 199 continuam desaparecidas. Para facilitar a identificação das vítimas, a Polícia Civil de Minas Gerais já coletou 522 amostras de DNA.
Guilherme Martinez: Parabéns Deputado, Corumbá agora tem uma voz atuante na Assembleia Legislativa.
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