Ricardo Albertoni em 12 de Outubro de 2018
Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense
Celebração no início da manhã reuniu centenas de fiéis
Acontece desde cedo, celebração em homenagem ao dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, em Corumbá. A tradicional festa da santa teve início às 05h com “Alvorada Festiva” e missa campal celebrada pelo pároco da Catedral Nossa Senhora da Candelária, padre Fábio Vieira.
Como acontece há anos, a celebração da primeira missa reuniu centenas de fiéis. Ao Diário Corumbaense, o padre Fábio explicou que as celebrações em torno da santa são importantes para o fortalecimento da fé da comunidade católica.
"Cada ano nos surpreende, principalmente naquilo que colocamos como objetivo: uma boa catequese. Nós usamos esses momentos da novena e desse dia para catequizar o povo que em grande parte é batizado e não evangelizado. Nós aproveitamos esse momento para evangelizar naquilo que são os pontos essenciais da nossa doutrina e as pessoas estão entendendo isso. Assim como a festa de Nossa Senhora da Candelária, a cada ano essa festa aumenta a quantidade de pessoas que vêm para sair com alguma mensagem, uma reflexão para a vida. É importante sair da esfera da superstição em torno de Nossa Senhora, porque ainda existe muita superstição, o que fragiliza a fé. A fé supersticiosa é muito frágil, ela não se sustenta e nós queremos que as pessoas fortaleçam a sua fé a partir daquilo que é alicerce seguro, que são os mandamentos, a doutrina da Igreja, a tradição, a Sagrada Escritura, então, esses são os nossos objetivos de festa e novena”, explicou o pároco.
Muitos devotos levaram imagens da santa para a bênção durante o evento religioso. Uma delas era do aposentado Elias Rodrigues Alencar que foi para a celebração acompanhado da esposa Gilcélia, dos filhos Heloísa e José Alexandre e da amiga Maria Lúcia, com quem mantêm uma ação solidária que distribui 350 marmitas para crianças do bairro Cristo Redentor. O ato, segundo ele, é um agradecimento à santa.
“A fé é imensa. Quando chega o dia de uma santa tão poderosa como essa, nossa mãe, é só alegria. Já alcancei muitas graças e quando chega o dia dela, eu, minha família e a amiga Maria Lúcia fazemos um evento para as crianças do Cristo Redentor’, contou.
“Fazemos todos os anos essa festa com minha família, meus amigos. É gratificante poder ajudar. Nós temos retorno a cada dia, ela merece’, afirmou Maria Lúcia Lemos.
A aposentada Vanda Pereira Garcia não levou apenas a imagem da santa para receber a bênção. Ela contou com a ajuda de vizinhos e familiares para enfeitar um andor que fará parte da festa que ela organiza anualmente.
Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense
Elias Rodrigues Alencar e Maria Lúcia Lemos (segunda da direita para a esquerda) realizam evento em homenagem à santa no Cristo Redentor
Café da manhã e quermesse
Após a missa campal foi oferecido café da manhã comunitário e durante todo o dia na rua da igreja da santa haverá quermesse com comidas típicas. Mais de 20 barracas oferecem alimentos, refrigerantes e água. Tradicionalmente, durante a festa católica não são comercializadas bebidas alcoólicas.
Ainda esta manhã, às 10h acontece a celebração com as crianças. Às 12h, missa e às 15h momento de adoração e bênção do Santíssimo. Às 17h haverá missa diocesana na igreja Nossa Senhora de Fátima e em seguida procissão até a igreja Nossa Senhora Aparecida onde será celebrada a última missa e solene coroação de Nossa Senhora.
Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense A aposentada Vanda Pereira Garcia contou com a ajuda de vizinhos e familiares para enfeitar um andor de Nossa Senhora
O início da história da devoção a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, é datado do ano de 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida do rio Paraíba.
Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.
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