Da Redação em 21 de Novembro de 2017
Completamente infeliz a declaração do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, durante seu discurso de posse. Ao invés de, pelo menos maquiar as coisas, dizendo que as investigações estão sendo feitas, ele já afirmou que a mala com 500 mil apreendida com Rocha Loures não prova nada.
Pau mandado
Imediatamente o ex-procurador da República, Rodrigo Janot, responsável pela denúncia, reagiu e chamou o delegado de “pau mandado”. Janot não gostou nada das críticas tecidas a ele por Segóvia que chegou a dizer que as investigações foram mal conduzidas pelo procurador e terminadas antes da hora.
Ignorância
Ainda segundo Janot, Segóvia “desconhece as leis e menospreza o trabalho da própria Polícia Federal”. O caso está no Supremo que só vai poder concluir os trabalhos depois que o presidente Temer deixar a presidência em 2019. A decisão foi da Câmara dos Deputados que impediu a investigação de corrupção que paira sobre o presidente.
E aí o ministro Fux
Em entrevista à BBC-Brasil, em Londres, o ministro do STF, Luiz Fux, disse que a decisão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) de soltar os três deputados estaduais do PMDB, presos por corrupção, entre eles o presidente da Casa, agora afastado a pedido, Jorge Piccianni, desmoralizou os deputados cariocas. “Lamentável, vulgar e promíscua”, disse ele sobre a decisão que se sobrepôs à da justiça.
Detalhe
A Alerj nada mais fez do que usar a jurisprudência baseada na decisão do próprio Supremo. Os ministros deram ao Senado Federal o poder de decidir sobre a justiça a respeito do afastamento do senador Aécio Neves, criando um efeito cascata que, se bobear, vai chegar às Câmaras de Vereadores. Como resultado, nunca mais político nenhum vai ser preso, seja ele o ladrão que for.
Mas Fux
Afirma categoricamente que o STF vai rever essa decisão e que os deputados não podem legislar sobre sentenças judiciais para soltar deputados. Como ele vai fazer isso é que são elas. Afinal, o Supremo teria que ter dado o exemplo. E deu, só que da forma contrária do que deveria ser.
Presidenciáveis
Tem um batalhão de gente querendo ser presidente da República e se dizendo preparada para bater o Lula na disputa do ano que vem. Jair Bolsonaro, Joaquim Barbosa, Marina Silva, João Dória, Geraldo Alckimin, José Serra, Roberto Justus, Álvaro Dias, Ciro Gomes, mais recentemente o PC do B lançou a deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila, e apareceram também o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o apresentador de TV Luciano Huck.
Das duas uma
Ou estão tentando fazer uma grande divisão de votos para enfraquecer o candidato petista, ou querem ver quem vai se sair melhor nas pesquisas para depois juntarem-se todos contra o Lula. Mas, fato é que, do jeito que está o Brasil tende a ter o Lula e o PT novamente na Presidência da República.
(*) Detalhe é uma coluna de opinião do Diário Corumbaense que aborda os mais variados assuntos.