Ricardo Albertoni em 03 de Novembro de 2017
Pela terceira vez, o DJ corumbaense Guto Loureiro vai participar da maior competição de performances de DJs do planeta: o Red Bull Thre3Style. Nas outras duas participações, 2014 e 2016, sediadas em Belo Horizonte e Rio de Janeiro, Guto ficou entre os três melhores do país. Desta vez, a competição será realizada em Curitiba, no Paraná, e o vencedor vai representar o país na final mundial na Cracóvia (Polônia) no ano que vem.
Imagens: Red Bull Thre3style
Red Bull Thre3Style é a maior competição de performances de DJs do planeta
O DJ corumbaense que tem mais de 20 anos de experiência, explicou que mesmo com o tempo que tem comandando as pistas pelo Brasil e até mesmo a bagagem adquirida durante a própria competição em que participou duas vezes, é difícil prever o comportamento do público. Na competição, cada um dos seis profissionais recebe um tempo para impressionar fãs de música e jurados.
“Como é ao vivo, uma pista que você tem que animar, não dá pra saber como será o gosto da galera. Dá pra saber o que o jurado espera, mas o público em geral não. A gente sabe que tem o tipo de público que vai para o Red Bull, mas cada cidade é diferente, e como é em um clube existem pessoas que não vão para o evento e sim para o lugar onde elas estão acostumadas a ir para se divertir” disse o DJ ao Diário Corumbaense.
DJ corumbaense tem mais de 20 anos de experiência
Guto vai tentar impressionar o público este ano utilizando um equipamento que ele já usa com frequência nas pistas, porém, vai levar pela primeira vez para a competição. “Esse ano eu trouxe a Mashine, que é uma bateria eletrônica que sempre uso nas festas, mas nunca trouxe para a competição. Este ano, resolvi trazer o equipamento como mais uma ferramenta para fazer mais coisas ao vivo para o pessoal, a diferença básica é a Mashine”, destacou.
O Red Bull Thre3Style deve começar na madrugada deste sábado (04), por volta da 01h (horário de Curitiba) e o resultado deve ser divulgado algumas horas depois, às 03h.
Valorização do DJ
Apesar de ser bastante reconhecido no país, já tendo tocado em grandes festivais espalhados pelo Brasil, o DJ lamenta o fato de a profissão não ser valorizada no seu estado natal, principalmente pela maneira com que as festas são trabalhadas.
Na competição, cada um dos seis profissionais recebe um tempo para impressionar fãs de música e jurados
“A questão da valorização do DJ não tem nada a ver com a música eletrônica. O DJ mesmo não tem valor, as festas que antigamente vendiam um DJ como atração hoje vende uma garrafa de cerveja, não é nem uma questão de você ser DJ de música eletrônica ou de qualquer outro estilo porque dá trabalho vender o DJ. Tem que correr, dizer que festa é essa, o estilo é esse, que DJ é esse, de onde ele vem, o que ele faz. Quando você faz uma festa com o nome de um Funk e uma garrafa de cerveja na frente você não precisa fazer propaganda nenhuma porque o Funk todo mundo já conhece e a cerveja está na televisão toda hora. Acho que o pessoal quer ganhar dinheiro fácil e isso acaba desvalorizando”, opinou.
Embora o reconhecimento na região não ocorra de acordo com a sua projeção no cenário nacional, Guto destaca que a constante presença em competições deste nível abre portas nos principais centros do país. “Se essa projeção melhorasse na cidade, no estado, eu ficaria feliz. Não melhorou na região, mas fora melhora porque você consegue usar, se divulgar como finalista do maior campeonato de DJs do mundo, então, pra outras capitais você consegue se vender muito bem”, finalizou.
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