Caline Galvão (*) em 07 de Maio de 2016
Casa cheia, comida farta, presentes e alegria já estão previstos para este domingo em muitos lares do País. Mas o que realmente importa é o amor sincero, o agradecimento profundo e o reconhecimento, pois é o que toda mãe espera no dia dela. A data, importantíssima para o comércio, traz um misto de recordações, saudades e sentimento de pertencimento familiar que, acredito eu, dificilmente outro momento do ano consiga alcançar os corações dessa maneira. É bom ter mãe, é bom se lembrar dela.
Mas essa época também é um tanto triste. Fico pensando o que se passa, neste período de comemorações, na cabeça das pessoas que não têm mais a mãe ou que não têm lembranças do aconchego delas, do cheiro do café, da comida gostosa e dos sermões corriqueiros que só elas sabem dar. São nesses momentos que lembro o quanto é privilegiado quem teve mãe que ajudou na construção do caráter, que auxiliou nos estudos e socorreu nos momentos mais difíceis da infância, como no desespero depois de um pesadelo, por exemplo.
Reflito sobre aqueles que estão nos abrigos e tento imaginar o que eles pensam sobre filhos que desrespeitam suas mães e não as honram como deveriam. Um beijo, um cheiro, um abraço, um “muito obrigado”, um “eu te amo” faz qualquer mãe feliz. Bons tratos e o cuidado com elas, o reconhecimento por ela ter trazido à existência aquele que não era ninguém, não são exclusivos da data alusiva a elas. “Honra teu pai e tua mãe; este é o primeiro mandamento com promessa”, já dizia o livro sagrado.
Por todo choro que ela teve que ouvir, pelas noites mal dormidas que teve que passar, pelas preocupações, idas a médicos e hospitais com você, quando ela rezou por sua vida, quando fez promessas e teve medo no dia que você saiu de casa, quando se desesperou quando você sofreu um acidente, pela comida fresquinha e cama quentinha, por tudo isso e muito mais, agradeça, honre-a, lembre-se dela com amor nesta data. Peça perdão e perdoe. Há muita gente que gostaria de ter uma mãe como a sua, por isso, não deixe para demonstrar amor somente quando ela partir. Não espere pelo domingo, faça isso hoje, faça isso agora.
(*) Caline Galvão é jornalista e atua neste Diário.
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