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No turismo, trabalhadores buscam alternativas para se sustentar durante a proibição da pesca

Leonardo Cabral em 05 de Novembro de 2024

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Com o fim da temporada de pesca, muitas empresas de turismo aproveitam para fazer manutenção nos barcos, o que absorve mão de obra

Corumbá tem a maior estrutura para a prática da pesca esportiva, seja para pescaria em embarcações individuais, pousadas ou em grupos, que ficam hospedados em barcos-hotéis, fazendo da cidade um potencial do turismo.

Porém, com a chegada da piracema, muitas empresas do setor ficam paradas, dispensam trabalhadores, mas a maioria acaba se ocupando em outras atividades, como a manutenção das embarcações nos estaleiros e a venda de pacotes já visando o próximo ano.

“É um período difícil para as empresas que trabalham no ramo da pesca esportiva, porque a gente entra num período de três meses com as atividades paradas e muitas empresas 'seguram' seus funcionários com salário base, e outras, acabam dispensando, pois sem faturamento são obrigadas a dispensá-los. Muitos deles têm seguro desemprego, outros não, mas esses que não têm, procuram trabalho na manutenção, limpeza, pintura de barco, fazendo algo. Além disso, temos o período de venda de pacotes, que sempre é um ano antes. Mas, o custo nesses meses parados é alto”, explicou o presidente da ACERT (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo), Luiz Martins ao Diário Corumbaense.

Há alguns anos houve empresas que investiram nos cruzeiros pelo Pantanal, mas o presidente da ACERT disse que a prática não deu muito certo na região. “Tivemos essa programação uns três anos atrás, tentando utilizar o período da piracema com essa atividade de cruzeiros, mas o brasileiro não tem o costume de usar água doce (rio) para fazer cruzeiro. É uma opção cara e o empresário arca sozinho com esse custo. Infelizmente não caiu na graça do brasileiro essa opção", afirmou o empresário. 

O período da Piracema começou nesta terça-feira, 05 de novembro, e vai até 28 de fevereiro do ano que vem. A pesca fica proibida nos rios de Mato Grosso do Sul para a reprodução dos peixes. 

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