Da Redação em 19 de Outubro de 2024
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Prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a redução da incidência e da mortalidade
O autoexame ajuda na detecção precoce, aumentando as chances de tratamento bem sucedido. Foi assim que a publicitária e pedagoga, Kleris da Rocha, 43 anos, descobriu um nódulo. Ela lembra que estava numa viagem quando sentiu algo em uma das mamas, mas não se preocupou pois tinha feito todos os exames de rotina há menos de seis meses e estava tudo certo. “Deixei passar, janeiro, fevereiro, março, quando foi em abril, senti que estava ficando mais rígido e no formato de um nódulo mesmo”.
Foi então que ela voltou à ginecologista, e recebeu o alerta de que aquilo era um nódulo e que precisava investigar melhor. Pouco tempo depois de uma série de exames, o diagnóstico: Carcinoma invasivo, grau 3. A fé e o acolhimento do namorado Rafael, da família (mãe Marlene e irmã Maira), amigos de trabalho do CEI Detran, e dos profissionais que a atenderam nesse período, deram toda força necessária para o choque do diagnóstico passar. “Fiquei muito assustada na hora. Lembro que estava em casa. Falei 'meu Deus! Tô com câncer. E agora???' É um momento que você tenta assimilar”, relata.
O acolhimento e os relatos de casos até mais avançados que foram curados, deram a força que ela precisava naquele momento. Com o início do tratamento, um novo choque: a perda dos cabelos já na primeira sessão de quimioterapia. “Foi muito difícil pra mim, e confesso que ainda é. Tem muito a ver com a sua identidade, e aqui faz muito calor, usar lenço, boné ou peruca, tudo isso esquenta muito e eu me sinto incomodada. Acaba sendo muito desconfortável. Eu aceitei o tratamento, entendi que muitas mulheres passam por isso e que a gente tem essa oportunidade de estar curada. Eu me pego nesse pensamento de cura”.Embora esteja ainda no início do processo de cura, pois ainda tem cirurgia, sessões de radioterapia e imunoterapia, Kleris fez questão de compartilhar sua história para conscientizar outras mulheres a não se deixarem para depois.
“O autoexame é importante. Se observar, investigar o mais rápido possível. E se informar muito, a informação é fundamental. A mulher precisa ser corajosa, apesar do medo de fazer o exame. Se eu em quatro meses cheguei no grau três, imagina quando a mulher espera seis, sete meses, tudo isso dá abertura para uma metástase. Vamos cuidar e aproveitar as oportunidades que têm para fazer o exame de forma gratuita”, diz em referência aos exames que são oferecidos gratuitamente.
A mensagem final é sobre força. “O tratamento de câncer exige de você muita resiliência e paciência com você, com seu corpo, com os médicos, com a quimio que está no organismo. É um dia após o outro, mas a gente vence, e eu vou vencer, estou certa disso”.
Exame de rastreamento
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) recomendam que mulheres sem sintomas de câncer de mama façam o exame a partir dos 40 anos, uma vez ao ano.
Autoexame
A mulher deve ficar atenta a qualquer alteração suspeita na mama, como nódulos, espessamentos, mudanças no contorno ou no mamilo, ou secreção espontânea. A orientação é que a mulher observe e palpe as mamas quando se sentir confortável, sem uma técnica específica ou periodicidade.
Estatísticas
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2024 no Brasil. A estimativa de risco é de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Apenas cerca de 1% dos casos ocorre em homens.
O câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres no Brasil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do País. A prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a redução da incidência e da mortalidade. A população deve ser informada quanto ao tema para que possa adotar medidas que protejam a sua saúde.
Com informações do Portal Notícias MS e Google.
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