UOL Notícias em 16 de Outubro de 2024
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Horário de verão não é adotado desde 2019
De acordo com Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, houve zelo e cuidado ao fazer esse debate. Especialistas se reuniram dez vezes nos últimos 45 dias para tratar do assunto. "Chegamos à conclusão de que não há necessidade para este verão. Temos a segurança energética assegurada. É o início de um processo de restabelecimento, ainda que muito modesto, de nossa condição hídrica", afirmou, apontando que ainda vai ser avaliada a possibilidade de adoção em 2025.
"Não foi só ajuda de São Pedro, foi planejamento que fez que chegássemos com 11% de água a mais em nossos reservatórios de cabeceira", disse o ministro.
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) havia recomendado a volta do horário de verão. A entidade defende que a medida é essencial para enfrentar a crise hídrica que afeta o país. O Brasil vive a pior seca desde 1950, e a retomada do horário de verão poderia ajudar a aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, reduzindo a demanda e o consumo de energia.
A seca tem impactado diretamente os reservatórios das hidrelétricas. Com níveis de água extremamente baixos, o país tem recorrido às usinas termelétricas, que utilizam combustíveis fósseis, como o carvão, para gerar energia. Esse tipo de produção é mais caro e menos eficiente do que as hidrelétricas, o que já levou a um aumento nas tarifas de energia para os consumidores.
Histórico
A implementação teve início em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas. O então presidente instituiu o horário de verão por decreto, em todo o território nacional. Embora tenha sido adotado esporadicamente até 1967, foi apenas 18 anos depois que o horário de verão foi implementado de forma definitiva.
Regulamentação aconteceu em 2008. De acordo com a legislação, os relógios em parte do país eram adiantados em uma hora a partir da meia-noite do primeiro domingo de novembro até a meia-noite do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. Se o término coincidisse com o domingo de Carnaval, a mudança era prorrogada para o domingo seguinte, garantindo uma adaptação eficiente do sistema elétrico.
Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu pôr fim ao horário de verão. A decisão foi baseada em estudos que indicaram que a economia de energia gerada pela mudança já não era significativa, além de apontar o desconforto relatado por parte da população em relação à adaptação ao novo horário.
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