Leonardo Cabral em 12 de Outubro de 2024
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Casal veio à fronteira para receber a caminhonete recuperada pelo Diprove
O veículo foi entregue no final da tarde, na ponte que delimita a linha internacional entre Corumbá e a Bolívia. De acordo com a Diprove, o veículo foi deixado por dois brasileiros em uma casa, no bairro Fátima, em Puerto Quijarro. Logo que foram informados sobre o roubo, as buscas foram iniciadas.
O major da Diprove, Henry Senzano Merlo contou ao Diário Corumbaense, que foi um caseiro do local, no dia 09 de outubro, quem ligou para a central, informando que os alegaram que a caminhonete estava com problemas mecânicos e que depois viriam buscá-la.
De imediato, uma equipe se deslocou para a casa e constataram que era o carro da professora. Sobre o caso, Henry Senzano, destacou o trabalho de integração entre as polícias dos dois países e a agilidade no repasse de informações.
“Ter a informação a tempo facilita para que possamos também de forma rápida iniciar o trabalho de recuperar veículos roubados. Desta forma, evitamos que esses carros saiam da nossa região e consigamos recuperá-los e devolver aos proprietários”, disse o major.
O roubo
O roubo da caminhonete ocorreu no dia 08 de outubro, em Bodoquena. A professora e o marido estavam na chácara da família, quando foram rendidos pelos ladrões. Eles permaneceram por oito horas amarrados enquanto o carro era trazido para Corumbá, com destino a Bolívia.
O Diário Corumbaense teve acesso ao boletim de ocorrência 347/2024, registrado na Delegacia de Polícia Civil de Bodoquena. Nele, a professora relata que saiu logo cedo com o esposo, para ir até a chácara, que fica na região do assentamento Canaã, para cuidar das criações e das plantas.
Por volta das 09h30, decidiram voltar para a cidade, porém, quando ainda estavam na localidade, eles viram um carro dourado e acharam estranho, porque ninguém na região tinha esse veículo. Em seguida, viram uma caminhonete de cor branca, mas não deram importância. No retorno, a professora decidiu parar para colher tamarindo, próximo à sede da chácara onde estavam.
Foi neste momento que o casal ouviu um estampido, como se fosse uma bombinha, e logo surgiu um homem vestindo camiseta preta, calça jeans, luvas pretas e um tênis vermelho, de posse de uma espingarda, mandando que ela não reagisse. Outro homem, vestindo roupa camuflada, rendeu o marido da professora.
O casal foi levado para dentro da casa da chácara, onde o esposo foi amarrado com arreio, e ela ficou com um capuz na cabeça. Os ladrões começaram a buscar objetos de valor na casa, mas nada encontraram, quando decidiram levar o casal com eles, colocando-os na parte traseira do carro, abaixados.
Depois de algum tempo, os ladrões mandaram que ambos andassem por alguns metros e depois mandaram que eles sentassem. O homem seguia amarrado e a professora sem o capuz, pois estava passando mal.
Eles ficaram sob vigia por cerca de 08h, quando o telefone de um dos autores tocou e foi informado que a caminhonete já havia passado pela fronteira de Corumbá com a Bolívia, momento em que os ladrões deixaram mandaram que não se levantassem.
Minutos depois, já sozinhos, o casal saiu do local e próximo a rodovia MS-339, caminharam e em um posto de combustíveis acionaram a Polícia Militar local.
À reportagem, o casal, que preferiu não se identificar, agradeceu o empenho das duas polícias, do Brasil e da Bolívia. Eles vieram até a fronteira para receber de volta a caminhonete.
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