Corumbá teve quatro ocorrências durante votação; juízes avaliam eleição tranquila

A votação em Corumbá e Ladário ocorreu de forma tranquila, de acordo com avaliação dos juízes eleitorais, da 7ª Zona Eleitoral, Jessé Cruciol Junior e da 50ª Zona Eleitoral, Luiza Vieira Sá de Figueiredo. 

Cruciol Junior, frisou sobre um processo muito tranquilo no domingo (06) e esteve em todos as seções acompanhando a votação. “Há sempre uma intercorrência, mas tudo dentro da normalidade. Todas as reclamações que tivemos, oferecemos as respostas e esclarecimentos, mas assim, muito pouco. De modo geral, a votação neste domingo foi bastante tranquila. Os presidentes de mesa relataram também tranquilidade. Quem chegou até às 16h, recebeu senha e ainda conseguiu votar”, disse o magistrado..

Já a juíza da 50° ZE, Luiza Vieira Sá de Figueiredo, que tem como jurisdição Ladário e parte de Corumbá, também avaliou a votação nas cidades pantaneiras como tranquila, relembrando que durante o processo eleitoral, o que houve foi propagandas irregulares.  

“Tivemos muitas representações eleitorais – propaganda irregular, mas isso foi em momento processual. No dia da eleição estive em vários locais de votação e a população estava serena, tranquila e sem aglomeração. Foi um dia de exercício da cidadania”, mencionou a a juíza eleitoral.

Em Corumbá, de acordo com balanço da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), durante a votação de domingo, houve um caso de compra de votos/corrupção eleitoral, noticiado pelo Diário Corumbaense; duas ocorrências de transporte irregular de eleitores e um caso de tentar violar o sigilo do voto. 

Locais com acessibilidade

Eleitores cadeirantes ou com dificuldades de locomoção enfrentaram problemas para exercer o voto na Escola Estadual Dom Bosco. Vídeo enviado a este Diário, por Fátima Rodrigues dos Santos, que acompanhava seu pai, José Carlos de Araújo dos Santos, de 68 anos, mostrava eleitores aguardando próximo à escadaria, sem corrimão, do prédio que dá acesso à seção 8, da 7ª Zona Eleitoral.

Questionado sobre essa situação, o juiz Jessé Cruciol Junior, esclareceu que esteve no local e explicou: “Cada eleição tem dois anos, fui duas ou três vezes no Dom Bosco, conversei com auxiliares, mesários e com os eleitores, até mesmo os familiares. Essa é uma situação bastante complexa, a tentativa é que todos os locais sejam acessíveis, mas esses locais são escolas, órgãos públicos e nem sempre têm acessibilidade, principalmente numa cidade como Corumbá, bastante antiga, e o Dom Bosco é um colégio antigo, então, não é possível que todos os locais sejam acessíveis. O que é possível é que o eleitor que venha ao cartório eleitoral, se identifique como pessoa com dificuldade de locomoção, a partir de então, ele vai para uma  lista separada e será sempre locado à uma seção acessível. Agora, se ele não vem, para o cartório eleitoral, que tem dezenas de milhares de eleitores, ele será mais um nome, porque quando precisa redistribuir, alguns vão para lugares não acessíveis e isso só se descobre quando chega na hora com dificuldade. Por isso, o ideal até que num futuro se consiga transformar todas as escolas ou locais de votação acessíveis, que o eleitor vá ao cartório para que ele seja cadastrado como pessoa com dificuldade de locomoção. Ele será alocado numa seção acessível”, finalizou o juiz.

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