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Navio de guerra mais antigo do mundo em serviço é utilizado em fiscalização da Operação Ágata Oeste

Leonardo Cabral em 12 de Setembro de 2024

Divulgação/Ascom do Comando Conjunto

Monitor Parnaíba (MParnaíba - U17), durante trabalhos na operação Ágata Oeste

Monitor Parnaíba (MParnaíba - U17), navio de guerra mais antigo do mundo ainda no serviço ativo, participou da Operação Ágata Fronteira Oeste 2024. A ação é coordenada pelo Ministério da Defesa e executada pelo Comando Conjunto Oeste, que conta com as Forças Armadas e Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização (OSPF) nas faixas de fronteira de Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS).

Além de viaturas e aeronaves, a Marinha atua como Força Naval Componente com 536 militares do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN) e nove navios, que operam com embarcações menores, no rio Paraguai, em ações preventivas e repressivas, como patrulhamento fluvial, inspeção naval e em postos de bloqueio e controle de vias fluviais.

Dentre as 23 embarcações da Marinha empregadas na operação, o Monitor Parnaíba foi  empregado em atividades de abordagem da segurança marítima.

“Ele foi projetado para operar em rios de baixa profundidade, como é o caso do rio Paraguai. Ao longo dos anos, sofreu modernizações, a fim de acompanhar o desenvolvimento tecnológico, incrementando suas capacidades operativas. Atualmente, é equipado com avançados sistemas de navegação e armamento que, atrelados às características projetadas no passado, resultam em um navio moderno, robusto e versátil, capaz de atuar nos diversos campos do poder naval”, disse o comandante do Monitor Parnaíba, capitão de corveta Robson de Freitas Reis.

Divulgação/Ascom do Comando Conjunto

Monitor Parnaíba é navio de guerra mais antigo do mundo ainda no serviço ativo

Durante visitas às estruturas das Forças Componentes Conjuntas, da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, no período de 05 a 09 de setembro, a comitiva do Comando Operacional Conjunto Ágata, após sobrevoar a área operacional em aeronave do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste, pousou no convés de voo do Monitor Parnaíba e teve a oportunidade de conhecer seus principais compartimentos e capacidades operativas.

Fatos históricos do navio

No dia 6 de novembro de 1937, um navio, com projeto tão somente brasileiro, estava pronto no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, marcando a retomada da construção naval no Brasil, no século XX. Hoje, aos 86 anos, o Navio “Monitor Parnaíba” traz, em seus conveses, histórias e episódios que fazem deste navio patrimônio cultural da Marinha do Brasil; e embarca, em cada compartimento, herança, cultura e tradição de gerações.

O batimento da quilha (primeira fase do navio) aconteceu em 11 de junho de 1935, na Ilha das Cobras (RJ), marcando o início oficial da construção do casco e, finalmente, 17 meses após intensos trabalhos, o Navio “Monitor Parnaíba” flutuou pela primeira vez e abriu o caminho para novas construções na indústria naval brasileira.

Em março de 1938, o navio foi incorporado à Flotilha de Mato Grosso e, em abril de 1943, foi para a Força Naval subordinada ao Comando Naval do Leste, em Salvador-BA, a fim de escoltar comboios e patrulhar o porto durante a Segunda Guerra Mundial. Em maio de 1945, retornou a sua sede, Ladário (MS), onde permanece até hoje.

Balanço

Em 12 dias, a Operação Conjunta Ágata Oeste, que integra as ações das Forças Armadas e órgãos de segurança resultaram em prejuízo de mais de R$ 100 milhões ao crime organizado.

O balanço engloba ações realizadas em solo brasileiro, que somaram mais de R$ 20 milhões em prejuízo ao crime organizado, e os mais de 15 milhões de dólares (R$ 84 milhões na conversão), fruto da operação espelhada Basalto III, realizada pelo Exército Brasileiro no mesmo período.

Nesta edição, foram empregados cerca de 2 mil militares e utilizadas 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além do satélite do Projeto Lessonia e da Aeronave Remotamente Pilotada Hermes RQ-900, que permite uma vigilância mais eficaz e abrangente da área de operação.

Com informações Ascom do Comando Conjunto da Operação Ágata.

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