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FCO Pantanal terá juros mais baixos e condição diferenciada para atender impactados por incêndios florestais

Portal de Notícias de MS em 12 de Setembro de 2024

Lucas Cavalheiro

Medida foi aprovada em reunião ordinária do Condel, órgão gestor da Sudeco

Proprietários rurais do Pantanal de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso que tiveram suas propriedades impactadas por incêndios florestais têm agora condições diferenciadas para obter crédito junto ao FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para recuperação econômica e ambiental de suas áreas.

A medida foi aprovada na tarde de quarta-feira (11) em reunião ordinária do Condel (Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste), órgão gestor da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste).

O vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, representou o governador Eduardo Riedel na reunião do Condel. Também participaram o coordenador de Competitividade Empresarial da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Augusto de Castro, e o analista técnico da Semadesc, Edson Izé.

“Estamos comprometidos em apoiar o Pantanal e os produtores rurais que enfrentam os desafios das queimadas e estiagem. As propostas discutidas na reunião do Condel visam trazer soluções concretas, como financiamentos mais acessíveis e prazos estendidos, para que possam se reerguer e continuar suas atividades de forma sustentável”, comentou Barbosinha.

As condições diferenciadas de crédito do FCO para proprietários rurais do Pantanal já haviam sido validadas em reunião do pré-Condel, juntamente com a Sudeco, governos estaduais do Centro-Oeste, Banco do Brasil e representação do setor produtivo.

“Esse é um recurso fundamental para que os proprietários rurais do Pantanal, que sofreram prejuízos em suas propriedades devido aos incêndios, possam recompor cercas, fazer o replantio de pastagens, além de assegurar a retenção de matrizes, beneficiando a pecuária, especialmente na produção de bezerros, que é relevante para a economia local”, lembrou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Agora, o Banco do Brasil, principal operador do FCO, juntamente com a Sudeco, devem realizar as adequações necessárias para que os proprietários rurais pantaneiros possam apresentar suas cartas-consulta de financiamento. Para ter acesso a essa linha de crédito especial, os interessados devem comprovar que suas propriedades sofreram danos significativos devido aos incêndios florestais.

O financiamento abrange investimentos em recuperação de pastagens, infraestrutura rural, compra de insumos e outras atividades necessárias para a retomada da produção. “Os prazos e as condições de pagamento são bastante atrativos, com taxas em média de 6% ao ano, compatíveis com as condições de mercado”, reforça o secretário Jaime Verruck.

Os beneficiários podem contar com um prazo de até 12 anos para quitar o financiamento, incluindo um período de carência de até três anos. As taxas de juros para essa linha especial são subsidiadas. A variação das taxas depende do enquadramento do produtor, que pode se classificar como mini ou pequeno produtor, ou ainda como médio ou grande. Além disso, o financiamento pode cobrir até 100% do valor necessário para a recuperação das áreas afetadas, sem a exigência de contrapartida financeira por parte do beneficiário.

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