Da Redação com assessoria de imprensa em 08 de Setembro de 2024
Divulgação
Psiquiatra também faz alerta para relação tóxica com redes sociais
O primeiro deles é a desesperança. “A pessoa passa a pensar que nada faz sentido, deixa de fazer planos, não consegue se ver no futuro e acha que seus problemas não têm mais solução”. Também é preciso estar atento à tristeza persistente. “Não se trata de apenas um dia ruim, mas uma tristeza constante”. Outro sinal é o sentimento de culpa, inutilidade, frustração persistentes. O isolamento social é mais um indicativo importante. “A pessoa se afasta socialmente, tem preferência por ficar sozinha, algo diferente do que era antes e isso passar a ser prolongado. É preciso estar atento, ainda, à autoagressividade e comportamentos de risco, como excesso de uso de bebidas, medicamentos e outras drogas. Por fim, a pessoa verbaliza e fala sobre suicídio, em deixar de existir ou sumir.
Redes sociais
Quanto ao uso de redes sociais, a médica observa que a dependência pode trazer como consequências ansiedade, depressão, irritabilidade e isolamento. “Além disso, constantemente pode-se visualizar padrões de vida, consumo e de status que pode contribuir para o aumento de frustrações, sentimento de incapacidade, baixa autoestima e insatisfação corporal”.
Tanto crianças e adolescentes quanto adultos podem ficar mais hostis, irritados, ter problemas de insônia devido ao uso excessivo da tela, além de sedentarismo e aumento de peso. “Todos esses sinais são evidências de que o uso da rede social está sendo tóxica. Devemos ser felizes com nossa realidade e precisamos preservar nossa saúde física, mental e espiritual equilibrando todos os fatores de nossas vidas”.
Rede de apoio
Para quem está no entorno de quem está em situação de sofrimento mental, muitas vezes resta a dúvida de como ajudar e abordar. Em um primeiro momento, é preciso identificar a situação, geralmente as pessoas mudam atitudes e comportamentos habituais.
Dra. Graziela Michelan dá algumas recomendações, como escolher um local calmo e onde a pessoa se sinta confortável, para iniciar a conversa; garantir que haja tempo suficiente para essa conversa e focar no outro, fazendo contato visual e dando atenção plena, deixando, por exemplo, o celular de lado. “Se você disser a coisa errada, não entre em pânico; não seja duro demais consigo mesmo. Seja paciente, podem ser necessárias várias tentativas até a pessoa estar pronta para se abrir”, contemporiza.
No diálogo, uma estratégia é fazer perguntas abertas que precisam de respostas que sejam mais do que um sim ou um não. E, muita atenção para a escuta empática: “Não sinta que precisa preencher todos os silêncios com conselhos e com palavras: às vezes a pessoa está tomando coragem para falar e precisa de um tempo. Não interrompa ou ofereça uma solução para todos os problemas, o importante é ouvir. Não empurre suas próprias ideias sobre como a pessoa deve estar se sentindo”. Por fim, verifique se a pessoa sabe onde e como obter ajuda profissional.
O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece atendimento pelo telefone 188 além dos canais digitais.
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