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Represa de loteamento não tinha certificado de vistoria, diz Corpo de Bombeiros

Campo Grande News em 20 de Agosto de 2024

Henrique Kawaminami/Campo Grande News

Trecho atingido após rompimento de barragem

O Corpo de Bombeiros não encontrou certificado de vistoria em relação à represa do Nasa Park, condomínio de luxo em Jaraguari, cidade distante cerca de 48 quilômetros de Campo Grande, que teve rompimento de barragem nesta terça-feira (20). A água invadiu imóveis na região e chegou a BR-163.

Segundo o tenente-coronel dos Bombeiros, Fábio Pereira de Lima, a corporação foi acionada às 09h31 para atender local de rompimento de barragem, com casas próximas. "Acionamos quatro viaturas para fazer o atendimento e uma equipe com drones para ter noção da real situação, por conta do volume de água", disse. 

Os militares fizeram buscas, mas não houve informações sobre vítimas. Contudo, a água invadiu algumas propriedades no entorno e chegou até a BR-163, que ficou totalmente interditada por mais de três horas. Por volta das 12h50, o tráfego foi liberado no sistema 'pare e siga'.

O tenente ainda informou que o Nasa Park não tem certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros. "Faremos a notificação e possíveis autuações sobre as irregularidades que possam ser encontradas", pontuou. O valor da multa varia dos itens em desacordo com a lei nº4335, de incêndio e pânico. Fábio ressalta que já houve notificação dos bombeiros, "alguns anos atrás", para a regularização do certificado.

Henrique Kawaminami/Campo Grande News

Volume de água baixou, mas BR-163 continua interditada

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) informou que vai autuar os proprietários do Nasa Park e cobrará a elaboração de um Prada (Plano de Recuperação de Área Degradada) para restabelecer a condição natural existente antes do rompimento da barragem da represa do local, um empreendimento reunindo casas e espaço para prática de esportes náuticos. 

O titular da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, observou que por não se tratar de uma temporada de chuvas, um fator natural seria improvável para justificar o rompimento da barragem, com suspeita de manutenção insuficiente. Os responsáveis pelo empreendimento ainda não deram declarações oficiais, mas já enviaram engenheiro para avaliar o que ocorreu.

Conforme o secretário, como a represa era utilizada para lazer, sem risco de oferecer grandes impactos, ela não estava entre as monitoradas, que são ligadas à indústria, como de frigorífico e mineração, por conterem resíduos e eventual dano atingir a comunidade. 

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